terça-feira, 9 de setembro de 2014

Fica comigo! cap 116

Me sentei ao seu lado colocando a mão em seu ombro já que ela estava deitada de lado. Senti o meu corpo instantaneamente ficar na mesma temperatura que o seu. Gélido. Um desespero tomou conta do meu corpo, do meu peito, da minha alma, senti os meus olhos marejarem na mesma hora. Senti um precipício em baixo dos meus pés, um precipício no qual você começa a cair e não tem noção se o seu fim esta próximo, ou se ele ainda vai durar séculos. Isso não poderia estar acontecendo, não agora, não comigo, não conosco, ela não poderia estar me deixando, ela não pode ter me deixado, ela não pode me deixar. Ainda temos tantas coisas para viver juntos, temos uma filha para cuidar.


-Mary... Amor olha pra mim!<a virei de barriga para cima na cama, e ela não acordou>... Mary não me deixa louco, por favor?... Você prometeu que não iria me deixar!<colei a minha testa na sua completamente gélida>... MARY, NÃO FAZ ISSO COMIGO, POR FAVOR, NÃO AGORA!

O momento que eu mais temia estava se passando na minha frente, estava acontecendo, e eu estava me sentindo perdido, com medo, morrendo de medo. Senti um no inexplicável se formar na minha garganta, e ela se fechar parcialmente, o meu peito parecia que iria explodir, de tão acelerado que batia. O meu corpo não queria me obedecer, tudo o que eu mais amava estava indo embora diante dos meus olhos.
 Agarrei o seu corpo gélido sobre a cama, sentindo o meu coração doer de agonia, a minha respiração voltou a acelerar, e eu fiquei sem saber o que fazer. Foi como se eu sofresse um apagão momentâneo, como se por um segundo eu não conseguisse mais racionar.  Respirei fundo tentando me controlar, e fazer com que os meus sentidos voltassem a trabalhar normalmente.
 Em um ato de desespero eu coloquei o ouvido no seu peito, na intenção de ouvir o seu coração com vida, o seu coração batendo calorosamente, como só ele faz. Nada, eu não ouvi nada. 
Me levantei rapidamente olhando para o seu corpo sob o cama, senti as minhas pernas vacilarem, e  assim me apoiei na mesma, e a única coisa que eu consegui pensar foi. “Eu preciso de ajuda”. Peguei o meu celular ligando para a emergência.

-Emergência...

-ALO A MINHA MULHER... ELA ESTA DESMAIADA... EU NÃO SENTI O SEU CORAÇÃO, POR FAVOR, ME AJUDA...

-Calma senhor, me de o seu endereço, que estarei mandando uma ambulância!<passei o endereço de onde estávamos tentando colocar a cabeça no lugar, ao menos neste momento>... Já tem uma ambulância a caminho senhor!... Qual e o seu nome, por favor!

-PETER, PETER HERNANDEZ... ELA NÃO SE MEXE, ESTA GELADA, ELA ESTA GRAVIDA!<dizia de uma vez sentindo a minha voz falhar devido ao choro que eu tentava conter>

-Grávida senhor?

-EU NÃO POSSO PERDÊ-LA, POR FAVOR!<não consegui segurar as lagrimas>... Elas são tudo pra mim...

-Senhor me escuta, pegue o pulso dela, e tente sentir algo!<fiz o que ela me pediu>

-Estou tremendo, não consigo... Ela esta ficando ainda mais gelada... Amor acorda, por favor, não me deixa!

-Senhor, por favor, não saia de perto dela!... O senhor esta sozinho, vocês estão sozinhos!

-Sim...

-Senhor eu olhei aqui no sistema, e a ambulância esta a menos de 5 minutos do local, quando ouvir a sirene abra a aporta para agilizar o atendimento!

-Mary amor, por favor, olha pra mim, não faz isso comigo!... O que eu vou fazer sem você, como vou ficar sem você, não me deixa!<me debrucei sobre o seu corpo>... Becky!<senti a minha filha se mexer, bem devagar mas senti>... A minha filha!<coloquei o telefone no ouvido novamente>... Ela esta mexendo, a minha filha, ela esta mexendo!

-A ambulância esta chegando senhor, isso e um bom sinal, agora tenta se acalmar!... A sua esposa tem algum problema de saúde?

-Ela tem câncer de mama!<disse e ouvi a ambulância>... Chegaram!

Passei a mão no rosto e desci querendo não descer, a única coisa que eu queria era que ela acordasse, e eu não queria deixá-la sozinha, queria ser a primeira pessoa que ela visse. Abri a porta, e subi novamente o mais rápido que pude, e para a minha tristeza e desespero, ela permanecia do mesmo jeito, fria, e imóvel.

-Filha o papai não vai deixar vocês, fica comigo, por favor, não me deixa, fica com o seu pai meu amor!<falei perto da sua barriga quando não senti mais nem a minha filha>

-SENHOR PETER?<ouvi as vozes no andar inferior>

-AQUI EM CIMA!<disse apenas>

-Senhor Peter... Senhor Mars? <disse um dos socorristas>

-Por favor, salva a minha mulher e a minha filha!<disse com o rosto ainda rente a barriga da Mary>

-Nos de licença para socorrê-la senhor Mars!<ele olhou para ela e simplesmente fez uma cara de “Acho que chegamos tarde demais”>

Me levantei ainda segurando em sua mão, eu não queria me separar dela, eu não queria acreditar que ela estava morrendo... Que ela estava me deixando. Assim que ele ouviu o coração dela com o aparelho apropriado, “estetoscópio”, um olhou para o outro com cara de “espanto”, e simplesmente se agilizaram a pegando no colo, e saindo do quarto me deixando ainda mais confuso, e desesperado.
-O que...

-Ela esta viva senhor, estamos levando ela para a maternidade local, pode vir seguindo a ambulância...

-Não posso ir junto?

-Senhor temos que mante-la viva ate la, ela esta com os sinais vitais muito fracos, e não seria aconselhável o senhor estar perto, caso tenhamos que usar uma forma mais drástica de ressuscitarão!<entraram na ambulância e simplesmente foram embora com as minhas duas preciosidades>



If Ain't got you * Se Eu Não Tiver Você

 

Some people live for the fortune * Algumas pessoas vivem para a fortuna
Some people live just for the fame *
Algumas pessoas vivem apenas para a fama
Some people live for the power, yeah *
Algumas pessoas vivem para o poder, yeah
Some people live just to play the game * Algumas pessoas vivem apenas para jogar o jogo
Some people think that the physical things * Algumas pessoas pensam que as coisas materiais
Define what's within *
Definem o que elas são por dentro
And I've been there before *
Eu já me senti assim antes
But that life's a bore *
Mas a vida era sem graça
So full of the superficial *
Tão cheia de coisas superficiais


Entrei em casa novamente apenas para pegar as chaves do carro, e um tênis que fui colocando enquanto seguia a ambulância apenas pelo barulho, por que eles estavam tão rápido, que ja os tinha perdido de vista. Eu não conseguia mais controlar as minhas lagrimas, e eu não sabia mais nem por qual motivo estava chorando, se era por medo de perde-las de vez, se era por certo alivio dela estar viva, se era pela minha filha estar se mexendo, enfim, eu estava realmente muito nervoso, estava em um turbilhão de sentimentos.

Some people want it all * Algumas pessoas querem tudo
But I don't want nothing at all *
Mas eu não quero absolutamente nada
If it ain't you, baby *
Se não for você, querido
If I ain't got you, baby *
Se eu não tiver você, querido
Some people want diamond rings *
Algumas pessoas querem anéis de diamante
Some just want everything *
Algumas apenas querem tudo
But everything means nothing *
Mas tudo não significa nada
If I ain't got you, yeah *
Se eu não tiver você, yeah


Cheguei na maternidade, ela era publica e muito pequena, a ambulância já estava estacionada e completamente vazia pelo que pude notar. Sai do carro e segui o mais rápido que consegui para a recepção, a jovem me encarou e eu so pensei “Por favor, não paralisa, eu não estou bem”. Ela respirou fundo e me atendeu normalmente.

Some people search for a fountain * Algumas pessoas procuram por fontes
That promises forever young &*
Que prometam a juventude eterna
Some people need three dozen roses *
Algumas pessoas precisam de três dúzias de flores
And that's the only way to prove you love them *
E este é o único jeito para provarem seu amor por elas
Hand me the world on a silver platter *
Me sirva o mundo em um prato de prata
And what good would it be? *
E o quão bom isso seria?
And no one to share *
Sem ninguém para compartilhar
With no one who truly be cares for me *
Sem ninguém que realmente se importa comigo


Ela me encaminhou ate uma sala de espera, onde fiquei com mais umas duas famílias se eu não me engano. Peguei o celular no meu bolso, olhei a hora e passava das 3 da tarde, a esta mesmo hora ontem estávamos caminhando na praia, tirando fotos animadamente, ela estava me beijando, me abraçando, me fazendo carinho, e dizendo que me amava, eu estava acariciando a sua barriga, e dizendo que elas eram as pessoas mais importantes para mim.

Some people want it all * Algumas pessoas querem tudo
But I don't want nothing at all *
Mas eu não quero absolutamente nada
If it ain't you, baby *
Se não for você, querido
If I ain't got you, baby *
Se eu não tiver você, querido
Some people want diamond rings *
Algumas pessoas querem anéis de diamante
Some just want everything *
Algumas apenas querem tudo
But everything means nothing *
Mas tudo não significa nada
If I ain't got you, yeah *
Se eu não tiver você, yeah


-Minha Mary, por favor lute por mim, lute pela nossa filha!<disse para mim mesmo>

Some people want it all * Algumas pessoas querem tudo
But I don't want nothing at all *
Mas eu não quero absolutamente nada
If it ain't you, baby *
Se não for você, querido
If I ain't got you, baby *
Se eu não tiver você, querido
Some people want diamond rings *
Algumas pessoas querem anéis de diamante
Some just want everything *
Algumas apenas querem tudo
But everything means nothing *
Mas tudo não significa nada
If I ain't got you, yeah *
Se eu não tiver você, yeah


E antes que eu caísse no choro na frente de todos, que por sorte não me reconheceram. Eu digo sorte por que definitivamente eu não estava com cabeça para atender ninguém. Fui para o corredor tentar ter um pouco de privacidade, e vendo que isso seria impossível, segui ate uma área externa, mas entes de ao menos sair do corredor, ouvi o meu nome ser pronunciado.

If I ain't got you with me, baby * Se eu não tiver você comigo, querido
So nothing in this whole wide world don't mean a thing *
Então nada nesse mundo inteiro não significa nada
If I ain't got you with me, baby *
Se eu não tiver você comigo, querido

-Senhor Mars?

-Sou eu!<disse voltando e parando perto de um medico>

-Me acompanhe, por favor!<disse me dando as costas se seguindo corredor a fora novamente>

-Senhor Mars, prazer, me chamo Dr. Gregory Smith!

-Prazer Dr. Pode me chamar de Bruno!

-Então, Bruno, infelizmente o hospital não tem condições de tratar a sua esposa aqui!<disse após entrarmos em um consultório reservado>... A única coisa que conseguimos foi estabilizá-la, e mesmo assim com muita dificuldade, ela esta muito fraca, e ficamos com medo de usar um desfibrilador para reanimação, e ela acabar vindo a óbito!

-Como ela esta agora?<perguntei com um no na garganta>... Como esta a minha filha?

-A sua filha esta bem, fizemos uma ultra de urgência e ela esta bem, enquanto a sua esposa estiver viva, ela estará bem!.... Quanto a ela, como eu disse conseguimos estabilizá-la, mas ela esta muito fraca, e estamos perdendo o seu pulso toda hora... <coloquei a mão na boca, e respirei fundo novamente>... A melhor chance para ela, e ser transferida para uma maternidade maior...

-Transfira!<disse categoricamente>

-Não e assim, em qual hospital ela esta se tratando do câncer, qual e o nome do medico?

-Esta se tratando no UCLA, com o doutor Michel alguma coisa esqueci o nome dele...

-Tudo bem eu sei quem e!... Vou ligar para ele e cuidar da transferência dela de helicóptero...

-Eu vou com ela no helicóptero...

-Sinto muito, mas não e aconselhável, já que o quadro dela não esta instável!... Assim que resolver a transferência dela, o senhor vai na frente, e a espere la...

-Eu não vou deixar a minha mulher e a minha filha...

-Elas estão em boas mãos, se o senhor não confiar em mim, vai ficar difícil ajudá-la!<colocou a mão no meu ombro>... Eu prometo fazer o possível, por elas sei exatamente o que o senhor esta passando!<me encarou e senti que aquele homem tinha uma historia de dor muito grande>

-Tudo bem!  

Fiquei na sala dele ate que ele resolvesse toda a transferência da Mary para o UCLA. Depois de tudo resolvido, eu pedi para vê-la antes de ir, e ele autorizou a minha entrada na mesma hora. Segui com ele para o quarto onde ela estava, ele abriu a porta e disse que eu so tinha cinco minutos, por que eles viriam ajeitá-la para a transferência, eu concordei, entrei no quarto e a porta se fechou.


A porta se fechou e um silencio mortal imperou no ambiente, e na minha cabeça, a única coisa que quebrava aquele silencio assustador, era os aparelhos ligados a ela. A encarei e os seus lábios estavam pálidos, os seus olhos ainda mais fundos, e a sua expressão de “nada” me apavoravam. Por mais que eu tivesse que me preparar para perda de uma delas, não significava que eu aceitaria. Minha vida não seria igual sem a Mary ou sem a minha pequena. Elas deram a mim uma nova visão de vida, elas me trouxeram para a vida. Um frio cortou a minha espinha trazendo consigo um choro forte e contido, um sentimento de impotência, uma dor capaz de colocar no chão o homem mais forte do mundo. A dor, e o medo de perder quem se ama, o medo de perder a mulher da sua vida, a única mulher que realmente te fez feliz de verdade. Segui em sua direção, e a única coisa que consegui fazer, foi me acolher em seu corpo ainda muito gélido.

-Falta tão pouco amor, fica comigo!<sussurro quando agacho em sua frente, acaricio seu rosto pálido, e sem expressão alguma>... Você chegou tão longe para desistir agora, não viveremos sem você!<lágrimas de impotência esvaiam pelos meus olhos>



Coloquei o rosto na curva do seu pescoço deixando o choro, a dor e o medo de perdê-las tomarem conta de mim. Entre soluços, poucas palavras saiam da minha boca, a única coisa que eu queria era que ela abrisse os olhos, segurasse as minhas mãos e dissesse que estava tudo bem. Beijei o seu pescoço, a sua testa, e em seguida olhei para o seu rosto, e acariciei a sua barriga. 
Ela tinha tubo de oxigênio na boca, e alguns aparelhos controlando a sua freqüência cardíaca. Deslizei a minha mão pelo seu braço livre ate alcançar a sua mão, entrelaçando os meus dedos nos seus.
Queria que o futuro dela e da minha filha estivessem ao meu alcance. Eu queria poder fazer algo por elas, mas aqui estou com a merda do meu coração e mãos atadas.
 Sua respiração fraquejada me deixa muito tenso. Não posso perdê-la, não posso perde-las, não posso. Eu tinha medo que se eu as deixasse ali sozinhas eu as perderia. PERDER.PERDER.PERDER. Essa palavra possuía os meus pensamentos, mas sei que não seriam meros pensamentos. Minhas garotas são fortes e são guerreiras.

-Tenha força meu amor, eu estarei aqui com você... Eu prometi estar ao seu lado, e eu estarei... Só não me deixa Mary, lute, lute por mim, pela nossa filha, por nossa família que esta apenas começando, não me abandone, não abandone o nosso amor!<passei a mão na sua barriga, e senti a minha filha se mexendo, era isso que me dava forças>... Minha pequena!<me inclinei ate a sua barriga, sentindo as lagrimas escorrerem pelo meu rosto>... Papai ta aqui meu amor, vai ficar tudo bem!... <disse entre soluços>... A mamãe vai pra casa, você vai pra casa, e vamos ficar bem, eu prometo a você meu amor, minha vida!<disse e olhei novamente para a Mary>... Eu queria estar no seu lugar, sentindo as suas dores, nem que fosse so um pouco, te aliviar de toda esta carga, de todo este lamento!... Eu estou morrendo de medo amor, eu não quero te perder eu não posso te perder!... Segura em minha mão, e diz que vai ficar tudo bem, que você vai me amar amanha, e que eu verei os seus lindos olhos pela manha novamente, diz que vai ficar comigo, que eu sou tudo o que você precisa, por que você e tudo o que eu preciso!<as minhas lagrimas caiam livremente molhando os nossos rostos>... Queria me aninhar em seu peito agora, e sentir a sua mão em minha cabeça afagando os meus cabelos, fazendo tudo a minha volta parar, como so você faz...

-Desculpe senhor, mas precisamos ajeitá-la para a transferência, o helicóptero já saiu de Los Angeles!<disse abrindo a porta e me interrompendo>

-Tudo bem!<passei a mão no rosto, e beijei a Mary e a minha filha>... Eu amo vocês, lute por nos!

                          

-Faça o que eu disse, vai para Los Angeles, e as encontre la!

-Eu vou!

Sai do quarto o mais rápido que eu pude, segui para o meu carro, entrei e coloquei a cabeça no volante deixando sair tudo o que o meu coração, e a minha alma prendia. Toda a dor, todo o medo, eu estava em pânico, eu não queria perde-la. Isso não e certo, isso não e justo comigo, não e justo com ela, ainda mais com ela. Ela esta dando a vida pela nossa filha, ela esta dando a sua saúde, esta trocando a sua vida pela vida da Rebecca. Imediatamente as palavras do doutor Michel veio a minha cabeça em relação a escolher entre uma das duas, e foi impossível conter um choro forte novamente. Isso poderia vir a acontecer a qualquer momento.
Eu precisava me acalmar, se eu continuasse assim não conseguiria nem chegar a Los Angeles. Respirei algumas vezes e ouvi o meu celular tocar, olhei no visor e um soluço forte empacou na minha garganta, fazendo a minha voz sumir momentaneamente. Mesmo abalado demais para conseguir compreender os meus próprios sentimentos, eu atendi.

-E ai Bruno vocês já estão vindo?<perguntou de uma vez parecendo preocupado>

-Phil!<disse com a voz embargada>

-Bruno o que foi?... Que voz e esta?

-A Mary... <respirei fundo tentando continuar>

-O QUE ACONTECEU?<ouvi a voz da Urbana>... Calma Urbana!... Bruno o que aconteceu com a Mary?

-Quando eu voltei ao quarto, ela estava gelada, e não me respondia...

-A Bruno!<ouvi a sua voz embargar em forma de lamento>... O MEU DEUS NÃO!<ouvi a Urbana>... Cara, eu...

-Ela não morreu, mas esta entre a vida e a morte... O que eu faço Phil?<deixei o choro me tomar mais uma vez, eu estava morrendo de medo>

-Primeiro voçe se acalme, eu vou pedir a alguém para ir te buscar... OQUE ACONTECEU COM A MARY PHILL PORRA?...  Calma Urbana, eu ainda vou saber... Voçe e muito lerdo quando quer!... Bruno, Bruno, o que aconteceu, ela...

-Não, ainda não Urbana!<minha voz quase não saiu>

-E não vai!<ela estava chorando>

-Ela esta sendo transferida para o UCLA de helicóptero, eu vou demorar muito para chegar, voçe pode...

-Claro que sim, estou indo agora mesmo!... Bruno, vem com calma por favor, respira tenta de acalmar, não vai se desesperar, vai ficar tudo bem...

-Urbana, ela estava gelada...

-Olha, fala com o Phil, eu vou me aprontar para ir esperá-la no hospital, força meu amigo, e por favor, pensa na sua filha!

-Bruno?

-Phil eu vou embora daqui mesmo, mande alguém pegar as nossas coisas que ficaram por la, por favor?... Não vou ter cabeça para voltar la, não agora!

-Tudo bem!... Não quer alguém va te buscar?

-Não vai demorar muito!... Se eu me sentir mal, eu paro um pouco!

-Tudo bem, vem com calma!



Finalizamos a ligação e dali mesmo eu peguei a estrada de volta para casa, estava escuro, e a estrada por sorte estava vazia, isso me deixava mais a vontade para dirigir estando com a cabeça anuviada. Na realidade nem a minha cabeça, e nem os meus pensamentos estavam comigo, tudo estava com elas, so meu corpo estava aqui neste momento, mais nada. Tentei dedicar a minha atenção total a estrada, não queria provocar acidentes, mas infelizmente estava sendo uma missão impossível.

Urbana on

Depois da ligação do Bruno, eu só consegui ficar desesperada, eu não poderia imaginar como ele ficaria se ela morresse, como ficaríamos, pois apesar do pouco tempo, eu já estava muito apegada a ela. Segui ate o meu quarto, peguei a minha bolsa e voltei para sala, o Phill estava ao celular, e veio atrás de mim ao me ver passar.

-Calma Urbana, eu vou com você!<disse vindo atrás de mim>... Liguei para o Eric, e ele esta indo com a Cindiah para o hospital!

-Ta bom, eu só quero chegar logo!<estava com a voz embargada de preocupação>

-Me da a chaves, você não esta em condições de dirigir...

-Claro que estou!<dizia enquanto tentava colocar a chave na ignição, porem, eu tremia demais>

-Não esta!<colocou a mão sobre a minha>

-Ela não pode morrer!<olhei para ele já chorando>

-Ela não vai meu amor!... Me deixa dirigir?<pegou as chaves da minha mão e saiu do carro, e eu fui para o banco do carona>

Chegamos no hospital, e ficamos sabendo que o helicóptero tinha acabado de pousar trazendo a Mary, e que ela já estava sendo esperada por uma junta medica que iria cuidar de seu caso. 
Fomos instruídos a ficar em uma sala de espera enquanto os procedimentos padrões eram realizados. Ficamos dentro daquela minúscula sala, que mais parecia uma caixa de fósforo. “Ok, ela não era tão apertada, mas quando se esta nervosa, ate um campo de futebol fica pequeno demais” Os minutos se passavam, o medico não aparecia, o Bruno não ligava, e eu não me acalmava, acho que o Phill já tinha me dado uns 3 bebedouros de água na tentativa de me acalmar.

-Como ela esta?<ouvi a voz da Cindiah ecoar na sala>

-Não sei, eu não sei de nada!<a abracei forte>



-O que aconteceu?<ouvi o Eric perguntar ao Phill>

Enquanto o Phill explicava tudo o que tinha acontecido ao Eric, a Cindiah tentava me acalmar, eu não sei, mas eu tenho uma ligação muito forte com a Mary, talvez por ela estar passando por algo que já passei, eu não sei ao certo, mas sentia que ela era como parte da minha família. 
Fomos interrompidos pelo doutor Michel, com uma cara que não me agradou em nada.

-Cade o Bruno, ele ainda não chegou?<estava com uma prancheta em mãos>

-Não, eles estavam em Santa Barbara!... Como ela esta Michel?<perguntei apressada>

-Não esta muito bem, esta tendo uma parada respiratória atrás da outra, o tumor cresceu demais em pouco tempo!... A sua língua inchou devidos as seguidas paradas, e tivemos que fazer uma Traqueostomia!... Eu preciso da autorização dele, para fazer o parto de emergência agora!

-Meu Deus!... Não serve alguém da família?

-So se for da família dela!... Se for da dele, ele tem que autorizar a pessoa a tomar as decisões na sua ausência!

-Eu vou ligar pra ele!<disse pegando o celular>

-O que você vai falar?<Phill me encarou>

-O Eric esta aqui merda, ele pode assinar por ele!... A minha amiga esta morrendo!<disse ele atendeu a ligação>... Bruno onde você esta?

-Ainda estou longe, cerca de meia hora!... O que aconteceu, como ela esta?

-Me escuta!<pedi respirando fundo>... Precisamos da sua autorização, para dar autonomia ao Eric que esta aqui comigo, para assinar um termo de responsabilidade do hospital por você...

-Termo de responsabilidade pra que?

-Bruno, a Mary precisa passar por uma cesariana de urgência...

-Ta, eu autorizo ele a assinar por mim!... Mas por favor, não deixe que nada aconteça com elas!

-Me deixe falar com ele!<o dr, Michel pediu e eu entreguei o celular a ele>... Bruno e o Dr. Michel!

-(...)

-Não, não e para escolher entre as duas, tenha calma e me escuta!... A sua filha esta bem, mas a Mary esta tendo seguidas paradas respiratórias, e estamos tendo dificuldades para estabilizá-la!<disse enquanto entregava a prancheta para o Eric>

-(...)

-Eu vou fazer de tudo o que tiver, e o que não tiver ao meu alcance!... Chegue inteiro para ver a sua filha!... Estou com a autorização em mãos, preciso ir!

-(...) <me entregou o celular e saiu da sala>

-Bruno?

-Oi!

-Vem com cuidado, estamos aqui a sua espera!

-Terei cuidado!<ele sem duvidas estava chorando, mas estava se controlando>

Desliguei o aparelho e voltamos a angustia de antes, a triste e torturante espera pelas próximas noticias, pelos próximos acontecimentos. O Phill e o Eric ligaram para todos na intenção de dar a noticia. As irmãs dele ficaram abaladas, principalmente a Pres, que assim como eu tinha se apegado a Mary, e disse que fazia questão de vir ate o hospital saber como a cunhada estava. 
A noite se despedia dando lugar a madrugada, e nada de noticias, nada do Dr. Michel voltar, e isso nos deixavam desesperados. A Pres que em menos de 10 minutos já tinha chego, estava sentada ao meu lado assim como a Cindiah. Estávamos todos nervosos, e extremamente ansiosos por noticias.


  • Hoje não e quarta, eu sei, mas eu decidi postar hoje, para não tortura-las ainda mais!

    • Estou tendo problemas de criatividade, e não estou conseguindo escrever! Bom, eu não sei quando terá um novo, pode ser sexta, pode ser daqui a uma semana, um mês, enfim, espero que n seja tudo isso... Não sera, não pode!
    • Bom, me desculpem sera um momento meio pesado agora, e eu precisa estar muito concentrada, para sair algo no minimo bom!
    • Espero que me compreendam, e ate breve meus amores!!

    3 comentários:

    1. Este comentário foi removido pelo autor.

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    2. Que capítulo choroso cass :'c , ahhh eu quero tanto que ela fique bem poxa.Dói ver bru assim :/ espero que não venha acontecer nada de ruim.
      Ah cass sê tem todo tempo do mundo, sei que você quer o melhor da fic. É isso, então até seu bloqueio for embora gata... AMO SUA FIC <3

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      1. Verdade, ficou bem choravel!!
        Vamos ver, quem sabe?
        Ele esta realmente sentindo muito tudo o que aconteceu, e dolorido mesmo, mas fazer o que?
        Obrigada pela compreensão meu anjo, não sei o que seria de mim, e da minha fic sem vcs!
        Acredite, não vai demorar para que eu poste novamente, hoje eu ja consegui iniciar um novo cap, e estou ficando mt feliz com o que ja tenho!
        Obrigada pela força amore, de verdade!
        Fivo muito feliz em saber que ama a fic... Obrigada por ler e comentar!!

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