segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

Conversa amigável! cap 152

O Show estava maravilhoso é claro, afinal, era o meu marido que estava em sima do palco dando tudo de si como se não tivesse amanha.


A nossa filha estava super feliz, e batia as mãozinhas animadamente. Sei que não e legal leva-la para um lugar publico, e barulhento assim, mas era o pai dela, e estava  comigo.
Ao final do show, seguimos para a área reservada para a confraternização dos hospedes, onde teria um coquetel. E claro, graças ao Mark eu iria conseguir fazer exatamente o que eu queria, e ate, ja tinha conseguido enxergar o meu alvo.
Dei um beijo na minha filha, que estava no colo da Laísa, e segui a francesa tomando o máximo de cuidado para não ser vista por ninguém da banda, nem das meninas, e muito menos o Bruno. Fiquei sutilmente bebericando um copo de champanhe em um dos pontos de acesso a escada, quando eu a vi subindo as escadas despreocupadamente como uma galinha indefesa.
Sorri ao repassar a conversa "amigável" que estava preparando para ter com ela.
Discretamente subi as escadas, cuidando para não perde-la de vista. Coloquei a mão na parede deixando os meus dedos correrem pela estrutura fria, o meu corpo vibrava de ansiedade, eu estava completamente tomada pela adrenalina.
Vi quando ela entrou no banheiro, e eu parei no meio do corredor. Mexi nas maçanetas de algumas portas que tinha ao longo do corredor, e vi que um dos quartos estavam abertos, senti um sorriso nada santo brotar em meus lábios. 


Fiquei parada esperando ela sair, mas cuidando para ver se não aparecia ninguém conhecido, não queria correr o risco de ser vista, e a minha conversinha amigável com a fulana ser interrompida.
Fiquei por alguns minutos a sua espera no corredor, algumas pessoas passaram por mim, e por sorte ninguém que pudesse colocar em risco o meu plano.
Sorri quando a vi sair do banheiro despreocupadamente, coloquei uma mecha de cabelo atras da orelha, e sorri fingindo estar espantada com a sua presença ali, encolhi o meu corpo em forma de que demonstrasse estar indefesa, e ela sorriu diante da minha "recua". A vadia inflou o peito como um baiacu desengonçado, sorri internamente ao ver o seu sorriso vitorioso sobre mim.

-Ora, ora, voçe não e a...

-Shiiii!<coloquei o indicador nos meus próprios lábios a fazendo se calar>... Não quero o meu nome na sua boca suja!

Abri a porta na qual a minha mão estava apoiada, segurei firme em seu braço a jogando para dentro do quarto sem dizer absolutamente nada. Acendi a luz, fechei a porta a trancando em seguida sem desviar os olhos dela, guardei a chave no meu decote, e olhei para ela sorrindo. Me sentei em uma poltrona, e cruzei as pernas olhando para ela, e a sua cara de piranha.

-VOCÊ ESTA MALUCA, SUA INÚTIL!<sorri>...  ABRE ESTA PORRA DESTA PORTA, SUA VADIA...

-PRIMEIRO!...  Para de gritar, por que eu não sou da sua laia!... Segundo, a unica vadia aqui e voçe!... E terceiro!<me levantei andando calmamente em sua direção sem retirar os meus olhos dos seus, sorri ao ve-la cair sentada na outra poltrona do outro lado do quarto>... Fala pra mim sua piranha, voçe dopou o meu marido para leva-lo para a cama?

-E claro que não, ele foi por que quis!<sorriu>... Olha pra mim, ve se eu sou mulher de dopar homem...

-Voçe tem cara de fazer coisa muito pior sua puta!

-Olha la como voçe fala comigo!<tentou se levantar, mas eu a empurrei>... O que voçe quer comigo?... Não tem capacidade de segurar o seu marido, e quando ele vai para cama com outra voçe quer dar uma de fodona.

-Eu so quero saber quem esta por trás de voçe?<a encarei seriamente>... Por que eu sei que voçe não tem capacidade para fazer isso!... Voçe e uma inútil, um ser insignificante, que não teria capacidade de levar o meu marido para a sua cama...

-ENGANOS SEU, O BRUNO ME PROCURA SEMPRE, E COMIGO QUE ELE DORME EM CADA CIDADE QUE ELE PARA QUANDO FAZ SHOWS, E COMIGO QUE ELE PASSA AS NOITES MAIS PERFEITAS DA SUA VIDA, NÃO E ATOA QUE ELE FAZ QUESTÃO DE ME LEVAR PARA ONDE ELE VAI, ELE FAZ QUESTÃO QUE EU ESTEJA ONDE ELE ESTIVER, ELE MANDA ME BUSCAR ONDE QUER QUE EU ESTEJA, VOCÊ NUNCA ACHOU ESTRANHO QUE EU SEMPRE ESTEJA ONDE ELE ESTA?< a vadia tinha rasão infelizmente, mas mesmo assim, o meu foco era outro agora>... VOCÊ E UMA CHIFRUDA...


Senti a minha mão arder quando ela se chocou na sua face, senti um alivio estranho no meu peito quando a ouvi dar um grito de dor.

-Vai me falar quem esta por trás de voçe?<a encarei com toda a minha fúria>

-Voçe e maluca... <lhe dei outro tapa bem colocado na face, a fazendo dar outro grito>... EU VOU CHAMAR APOLICIA...

-Chama, eu vou ser presa, mas te garanto que não fico nem um dia, e quando eu sair Melany, a quando eu sair, eu vou te matar!<disse rente ao seu rosto, e ela arregalou os olhos>... FALA SUA VADIA, QUEM ESTA POR TRÁS DE VOCÊ?

-Voçe vai ter que me matar!<me encarou seriamente>

-Não seja por isso!<envolvi as minhas mãos em seu pescoço>... Eu vou te matar, da mesma forma que se mata uma galinha como voçe, quebrando o pescoço!<apertei ainda mais a minha mão ao redor da sua garganta>

-Mari... Mariane, ar... Voçe vai... Matar!<ela falava com dificuldade enquanto as suas mãos seguravam o meu pulso, e como eu ainda preciso desta puta respirando, eu resolvi afrouxar, mas não muito, claro>

-Me fala quem mandou voçe dopar o meu marido?

-Eu não posso!

-E CLARO QUE PODE, DEVE, E VAI ME FALAR!

Soltei o seu pescoço, e comecei a desferir uma sequencia de tapas em seu rosto, braço, e mão, ja que ela tentava colocar na frente do rosto para protege-lo. Ela só sabia gritar me pedindo para parar, e em contra partida a minha raiva aumentava ainda mais. Eu so parei de estapeá-la quando senti que estava começando a me cansar.


-Sabe Melany!<eu estava ofegante, e ela estava chorando, sorri ao ver o seu rímel escorrer pelo rosto>... Se eu fosse voçe, me falava quem e, por que eu tenho a vida inteira para ficar aqui, mas saiba, que eu vou te matar, voçe não tem noção do ódio que eu estou sentindo!... Voçe, e sei la quem, estragaram o meu natal, o primeiro natal da minha filha, e acredite, atras daquela porta, tem mais pessoas a fim de te matar!... Voçe conhece o Mark?

-Mariane por favor, não deixa ele me ver…

-Pois eu vou deixa-lo entrar aqui, se voçe não me contar!<ela me encarou apavorada, e eu olhei para os seus pés, que calçavam uma sandália linda salto agulha>... Sabe Melnay!<me ajoelhei a sua frente, sem retirar os olhos dos meus>... Eu sou bissexual, adoro uma mulher, bem cuidada, cheirosa, bem vestida, e tenho uma tara louca por salto agulha!<disse segurando em seu tornozelo, pude sentir o seu corpo tremendo, e em seguida retirei a sandália do seu pe>... Eu tenho uma vontade louca, mas muito louca… <me levantei com a sua sandália em mão>... De enfiar um salto agulha na jugular de alguma vadia que não agrade, e olha só, eu te odeio!<disse com a sandália proximo a sua garganta>

-EU CONTO, PELO AMOR DE DEUS EU CONTO!<disse desesperada, e eu sorri>

-Conta!<apertei o salto na sua garganta>

-Foi a Andrea, a ex do Bruno!<vadia>... Ela me chamou, sabia que eu tinha um relacionamento com o Bruno, era algo mais intimo, tínhamos certo contato, e ela se aproveitou disso!

-Que tipo de contato?

-Dormimos juntos algumas vezes, mas depois que ele se envolveu com voçe, ele mal me procurava, acho que so passamos umas duas noites juntos, e depois que vocês se casaram, ele me ignorou, e depois do que aconteceu, ele nunca mais olhou na minha cara…

-Quer dizer que depois que eu e ele estávamos juntos, vocês ainda transaram?<eu estava furiosa>

-Sim, mas foi só duas vezes, foi antes de voçe ter a filha de vocês, acho ate que estava no Brasil!<ela exalava medo>... Mariane, por favor, não me machuca mais, eu juro que nunca mais nem olho para o Bruno!

-Mas voçe não vai mais olhar mesmo, por que o dia, e eu sonhar, que voçe voltou a olhar dentro dos olhos do meu marido, eu faço questão de arranca-los fora!<sorri da forma mais maldosa do mundo>... Agora eu preciso ir, querida!<sorri ao ver o canto da sua boca sangrando>... Preciso conversar com uma outra vadia!<joguei a sua sandália em seu colo, e ajeitei o anel em meu dedo, indo para a porta>... Ah, e já sabe, voçe pode me denunciar, eu posso ser presa, mas assim que sair, eu vou te caçar ate no inferno!<sorri de canto retirando a chave do meu decote destrancando a porta>... So mais uma coisa Melany, nunca, jamais esqueça desta nossa conversinha!<disse e sai do quarto>

Ajeitei os meus curtos cabelos, passando as mãos pelos mesmo. Agora a minha meta, e achar uma loira aguada, e obvio, ter uma nova conversa amigável com ela.

Bruno on

Tinha terminado o Show da virada do ano, estávamos nos confraternizando em um coquetel.
Estava decepcionado, pois a Mary tinha me garantido que passaríamos a virada do ano juntos, mas ela não tinha aparecido. Ja tinha tentado ligar varias vezes para ela, mas infelizmente o seu celular so estava dando caixa de mensagem, devo ter deixado um milhão de mensagens, mas ela não respondeu a nenhuma, acho que nem ouviu. E o pior, e que por mais que eu tente não ficar grilado pelo fato dela e a Laísa estarem próximas, eu não consigo, definitivamente, ela e a única mulher pela qual eu me sinto ameaçado.

Estava distraído, conversando com o Phil e a Urbana, justamente pelo fato da Mary não ter dado as caras, quando do nada ouvi uma voz fina, e estridente, voz esta que eu conhecia muito bem.

-BABAII!<mesmo com a musica alta, eu consegui ouvi-la perfeitamente, não pude deixar de notar que ela estava no colo da Laisa>

-AMOR DA MINHA VIDA<larguei o copo com o Phil, e fui ate ela a pegando no colo>... Minha princesa, amor do papai, que saudades!<senti a sua cabecinha debruçar em meu ombro>... Voçe tava com saudades do papai amor?<perguntei e ela me olhou, estava com um biquinho de choro, a minha pequena>... Não chora meu amor!<fiz um carinho no seu rostinho>


-Babai, itia, mai!<apontou para a Laísa>

-Tudo bem Laísa?<a cumprimentei>

-Tudo bem Bruno!

-Cade a minha mulher?

-Ela esta resolvendo uns assuntos pessoais!

-Quais assuntos?<a encarei>

-Coisas dela Bruno, ela mesma vai te falar quando terminar!... Aproveite a sua noite com a sua filha!<sorriu>... Feliz ano novo!... Posso te dar um abraço?

-Claro Laisa!<sorri, e nos abraçamos>

-Vocês tem sorte em ter um ao outro, se amem sempre!<disse, e eu não me contive e passar a mão em seu rosto, ela fechou os olhos e vi uma lagrima cair de seus olhos>


-Não chora, por favor, Laísa!

-Quero poder encontrar um amor como o de vocês um dia!... Mas tenho medo de nunca deixar de ama-la!

-Sei como se sente, tenho medo de pensar em perde-la!

-Voçe não vai, ela te ama!... A proposito, me desculpa, a culpa não foi dela!<eu franzi o senho>... Eu lhe dei um selinho!<sorriu, e eu fechei os olhos respirando fundo>... E ela disse que te ama!<a encarei novamente, e sorri>

-Obrigado por ter me contado!

-Voçe confiou em mim!... Ela me pediu que a entregasse a voçe!<olhou para a minha filha e me entregou a bolsa dela, que a Urbana logo pegou de minhas mãos>... Eu vou indo!

-Fica!<segurei em seu braço>... Fica conosco, claro se não tiver para onde ir!<sorri, não sei por que a pedi que ficasse, mas senti que era o certo>

Ela aceitou e se juntou a nossa conversa, que da forma mais simpática, ela logo se enturmou. Tentei tirar dela por vairas vezes onde a Mary estava, mas a única coisa que eu recebia, era um sorriso enigmático. A minha bebe tinha adormecido em meu colo, e a Cindiah se ofereceu para leva-la para o quarto onde as outras crianças estavam com as babas. 
Eu estava dividido, estava feliz, por ter a minha filha comigo, e estava extremamente triste por não estar com a minha mulher.
A madrugada estava seguindo, e eu estava me sentindo ansioso, queria saber da minha Mary, estava agoniado, e parecia que eu nunca mais iria ve-la novamente, pensando nisso, eu chamei mais uma vez a Laísa no canto.

-Fala a verdade para mim, onde esta a minha mulher?

-Ja disse…

-Ela vai voltar?

-Voltar, como assim?

-Voltar pra mim, ou ela mandou que voçe me entregasse a minha filha, para não voltar mais pra mim?

-Não viaja Bruno, se ela não voltar, nossa eu surto também!<me encarou>

-Então me diz onde ela esta?!... Por favor!

-Ela esta aqui, mas onde exatamente, eu não sei!

-Aqui?<perguntei, e instintivamente olhei ao meu redor>... Eu vou procura-la!

-Por favor, Bruno, deixe-a fazer o que ela deseja!

-O que ela deseja?

-Paz!<a encarei confuso>... Paz para ela, para vocês, so isso!

-Me desculpa, mas eu preciso procura-la!

Me afastei dela, mas logo em seguida senti que estava sendo seguido, confirmei, e ela estava vindo atrás de mim. Começamos a olhar pelos corredores do hotel, subimos as escadas que davam para o andar superior, e de uma porta vimos uma mulher, meio fraca, e se apoiando na parede sair de um dos quartos. Me aproximei, e me assustei ao constatar de quem se tratava.

-Melany?<disse e ela meio que caiu sentada>... Esta tudo bem, o que houve?

-A sua mulher, ela…<ela não olhou em minha direção>

-Ela fez isso?<a encarei incrédulo, ela estava muito marcada>

-Não encosta em mim, por favor!<ela parecia muito amedrontada>... Eu juro, que nunca mais olho para a sua cara, mas por favor, não deixa ela encostar mais em mim!... Eu te dopei, e eu te levei para o meu quarto, eu assumo, me perdoa!

-Voçe ja esta humilhada demais, para que eu pise ainda mais em voçe!<a encarei, mesmo com ela não olhando para mim>... Espero que voçe não ouse mais…

-Não vou!

-Onde a minha mulher esta?

-Ela foi atras da Andrea!

-Caramba!... Laísa chama alguém para cuidar dela, por favor?

-Eu não, esta vadia merece se arrastar!... E um abela forma de começar o ano!<sorriu>

-A sua moral esta no chinelo Melany, sinto muito, mas a minha mulher vem em primeiro lugar!

Simplesmente dei as costas a ela, seguindo ao longo do corredor. Esbarrei com o Ryan, contei por alto o que estava acontecendo, e pedi que ele cuidasse da Melany, a principio ele recusou, mas em seguida fez o que eu havia lhe pedido.
Seguimos o caminho pelo qual eu me lembro de ter visto a Andrea pela ultima vez, mas como era no salão principal, eu tinha certeza que não a encontraria.

Mary on

Eu estava cega de raiva. A unica coisa que eu queria era encontrar com aquela maldita, aquela mulher iria me pagar, e eu iria descontar toda a minha raiva em sima daquela desgraçada.


Voltei a sacada, olhei para o salão, e de relance e vi a Laísa entregar a Becky ao Bruno. Ele estava tão lindo, com um terno preto, camisa branca estampara clara, e calça preta, a mesma do show, ao menos foi o que consegui identificar. Porem antes que ele me visse ali em sima, ou alguém conhecido, eu resolvi continuar o meu caminho.
Andei por alguns corredores, e quando menos esperei, vi a galinha loira entrando em um banheiro, e como desta vez não tinham portas abertas disponíveis, eu segui ate o mesmo, a nossa conversinha seria ali mesmo. 
Entre no banheiro, e tinha umas quatro mulheres se olhando no espelho, ela não estava junto, portanto presumi que ela estava no reservado, me encostei na parede cruzando os braços, e fiquei as observando, na realidade estava bolando uma forma de tira-las dali, e como não veio nada na minha mente, eu fui do meu jeito mesmo.

-O NEGOCIO E O SEGUINTE, EU QUERO TER UM PARTICULAR COM UMA VAGABUNDA QUE ACABOU DE ENTRAR AQUI, E SE CASO, VOCÊ NÃO SEJA  ESTA VAGABUNDA, POR FAVOR, SE RETIRE! <disse bem alto para que todas me ouvissem, e em seguida as mulheres começaram a passar por mim saindo do banheiro, inclusiva duas que estavam no reservado>

Olhei para o final do banheiro, e vi ela saindo do reservado, seguiu ate a pia e lavou as mãos calmamente, enquanto eu a observava. Ela as secou, e em seguida olhou para mim, de forma retraída, provavelmente ainda se lembrava da nossa ultima conversa.


-Ora, ora, ora, olha aonde nos encontramos novamente, no banheiro!< a encarei seriamente>... Acho que estamos no lugar certo, afinal aqui e onde a merda fica!<disse trancando a porta do banheiro>

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