terça-feira, 23 de dezembro de 2014

Feliz natal? Cap 149

As horas se passaram, e entre preparar a ceia, cuidar das crianças, e fofocar claro, por que ninguém e de ferro, as horas se passaram, e quando notamos já era quase cinco da tarde. E eles nada, elas nada, e ainda faltava a gente para ir ao salão. A ceia já estava toda pronta, tínhamos acabado de colocar os assados no forno, pois eram as únicas coisas que faltavam. 
Peguei as meninas, no caso a Mila, e a Becky que estavam brincando quietinhas no chiqueirinho sobre a supervisão da tia Pres, e disse que iria dar banho nas duas. As levei para o meu quarto, e as deixei brincando no chão enquanto colocava uma quantidade de água razoável para dar banho nelas. Depois de despidas e com a banheira pela metade, eu as coloquei la dentro com alguns brinquedos, para que ficassem quietinhas. Me sentei na borda da banheira, peguei o celular, e tentei ligar para o Bruno, chamou, chamou, chamou, e ele nada. Olhei a hora e já era quase cinco e meia, bufei começando a ficar com raiva, já que tínhamos pedido para que não demorassem.
Já estava retirando as meninas da banheira, mesmo a contra gosto das duas, quando ouvi um falatório no andar de baixo, me senti aliviada quando ouvi a voz do Phill. Troquei as duas consecutivamente, e coloquei na Mila um vestidinho branco da Becky, afinal não iria mexer nas coisas da Cindiah. E um estampado na Becky. Sorri ao colocar as duas lado a lado, peguei o celular e tirei uma foto das duas sentadinhas na cama.


-MARY!<ouvi a voz da Urbana>

-OI!

-VEM AQUI VER O ESTADO DO SEU MARIDO!<ela parecia bastante irritada>

Apertei os olhos, e passei a mão na cabeça já imaginando o Bruno completamente bebado. Peguei as duas meninas, e segui para a parte de baixo da casa. Nem bem tinha terminado de descer, e já me deparei com os 4, sem exceções, jogados no sofá da sala. Senti o meu estomago embrulhar, com o cheio de álcool que invadiu o ambiente. Na realidade ele embrulhou literalmente.

-Urbana!<chamei a sua atenção>

-Isso e um absurdo...

-Segura elas!<entreguei elas a Urbana de qualquer jeito, e corri ate o lavabo colocando ate a alma para fora>

-Mary esta tudo bem?<a Press apareceu na porta seguida da Jaime>

-Não, o meu estomago esta muito embrulhado!... Dei um passo a frente, mas senti as minhas pernas fraquejarem, e me sentei na privada com a mão na testa>

-O que foi amor?<ouvi a voz embolada do Bruno>

-Nada Bruno sai daqui!<a Jaime o empurrou de leve>... Vocês já fizeram muita merda hoje!

-Minha mulher ta passando mal?

-Se voçe tivesse preocupado com ela, não tinha inventado de sair, sendo que ela ja estava se sentindo mal desde esta mmadrugada... E PIOR AINDA TODOS VOCÊS TEREM NOS DEIXADO COM VARIAS COISAS PARA FAZER, E COM TODAS AS CRIANÇAS PARA DARMOS CONTA ALEM DA CEIA! <disse Jaime com todos na sala, ela parecia estar possessa>

-Amor...

-Vai tomar um banho Jesse, voçe esta fedendo, e olha quem nem esta perto de mim!<ouvi a sua voz com o marido>

Me levantei e segui ate a sala quando me senti um pouco melhor, o Bruno estava afundado no sofá, o Eric já estava no sétimo sono, a Urbana estava falando um monte com o Phill, e a Jaime já não estava mais na sala. As meninas estavam no chiqueirinho, e a Press ao telefone, disse que estava ligando para a Cindiah vir dar um jeito no marido dela.

-Amor, voçe esta bem?<olhei diretamente para ele que estava com os olhos e o rosto avermelhado, eu nunca tinha visto o Bruno tão bêbado em todo este tempo juntos>

-Melhor que voçe sem duvidas!<parei na sua frente com a mãe na cintura>

-Vem ca, me desculpa!<segurou em minha mão me puxando. Pronto iria começar as lamentações>

-Sem lamentações, vocês não deveriam ter bebido assim!<apontei para o Eric roncando no sofá>

-Eu não estou assim!

-Mas esta extremamente alcoolizado!... Porra Bruno quando voçe me “pediu” para ir, eu confiei em voçe, te pedi para não demorar muito, e alem de demorar, ainda me volta neste estado?

-Eu te amo amor!<disse me puxando pela cintura>

-Eu também te amo, mas estou decepcionada com voçe!

-Voçe me ama?<Respirei fundo me rendendo, sabia que tudo o que eu falasse ele não iria se lembrar no dia seguinte>... Vamos subir!

-Vamos fazer amor?<olhei para ele e sorri>

-Voçe vai tomar um banho!

-Com voçe?<perguntou com dificuldades para levantar>

-Não mesmo, sozinho, e gelado!

-Gelado não!

-Gelado sim!

-Cade minha filha?<disse olhando para os lados>

-Esta com  a prima no chiqueirinho!<agradeci mentalmente pelas outras crianças estarem jogando vídeo game>

-Quer ajuda tia?<ouvi a voz do Marley>

-Por favor meu querido!... Voçe so ficou no refrigerante ne?<o olhei preocupada>

-Sim tia!<sorriu>

-Pelo menos um responsável!... Voçe viu o que ele bebeu?

-De tudo um pouco!

-Eu sou responsável!<apoiou o braço no meu pescoço, senti o bafo de todas as bebidas alcoólicas do mundo vindo diretamente no meu rosto>

-Senhor!<coloquei a mão na boca sentindo o meu estomago girar no globo da morte>... Não neste momento!

-Filha, o papai te ama!

-Começaram as declarações de amor!

-Baieeeee!<gritou do cercadinho>

-Agora não filha!<disse e ela começou a chorar>

-Pode deixar que eu cuido dela!<disse Press a pegando no colo>

Com muita dificuldade seguimos para o quarto arrastando o Bruno, parecia que a cada minuto que passava ficava ainda mais alcoolizado, como se todo o álcool bebido so estivesse fazendo efeito agora.
O Marley me ajudou a coloca-lo sentado na cama, eu me virei para agradece-lo, e quando olhei o Bruno tinha caído deitado. Sorri para não chorar, e vi o Marley sair dizendo que iria ajudar a Urbana com o Phill.
Segui para o banheiro, e coloquei a banheira para encher mais, eu iria coloca-lo la dentro nem que fosse a ultima coisa que iria fazer. Depois de cheia, voltei para o quarto, e comecei a retirar a sua roupa, foi um pouco complicado, por que enquanto eu retirava a roupa dele, ele tentava me agarrar, e me jogar na cama. Com coisa que ele iria conseguir fazer algo no estado em que se encontrava.

-Isso ta gelado!<reclamou quando consegui coloca-lo na banheira>

-Eu fui boazinha, e coloquei água morna, para de reclamar Bruno!

-Voçe e tão boa comigo amor, eu te amo!<me encarou parecendo confuso>

-Eu também te amo!<me ajoelhei ao lado da banheira, e acariciei o seu rosto>... So não gostei de voçe ter bebido assim!<disse senti os meus olhos arderem>

-Eu não sou um bom marido!<disse baixando a cabeça>

-E sim amor, so que é uma coisa nova para nos dois...

-Eu fiz merda de novo!<disse e colocou a mão na testa>

-O que voçe fez?<o encarei alisando o seu rosto>

-Voçe nunca vai me perdoar, eu vou te perder para sempre!<vi que ele iria começar a chorar>

-Não fala assim, o que voçe pode ter feito?... Hum?... Foi por hoje, esta tudo bem...

-Não!<me interrompeu, olhando dentro dos meus olhos e logo depois virando o rosto>... Eu não lembro de nada!

-Esta tudo bem amor...

-Quando eu acordei ela estava la!<inclinou a cabeça para trás>


-Ela quem?<perguntei sem querer perguntar>

-A Melany, aquela vadia de quinta, filha da puta, aquela desgraçada veio do inferno para acabar com a minha vida!<bateu na agua com força espirrando para os lados>

-Calma, me conta o que aconteceu!<dizem que a melhor forma de retirar a verdade de um cara e quando ele esta bêbado, e esta era a hora de eu descobrir se isso realmente e verdade>

-Eu não queria, eu não sei de nada, não lembro de nada, estou a meses me odiando por isso, e por não ter tido coragem de te contar...

-Calma, respira e me conta!<disse calmamente por fora, mas explodindo por dentro>

-Voçe me ama?<me olhou>

-Amo!<o encarei verdadeiramente>

-Muito?

-Mais do que a mim mesma!<disse e senti algumas lagrimas escaparem>

-Eu sou um idiota!<virou o rosto>

-Não fala assim!... Me conta o que aconteceu!

-Eu estava bebendo, e não me lembro de nada, acordei no hotel com, a Melyna do meu lado, completamente pelada!<disse eu  não me senti no chão por que eu já estava nele>... Eu também estava, mas não me lembro de nada amor, eu te juro!... Eu não a levei pára aquele quarto, eu não queria trair voçe, ainda mais com apenas uma semana de casado!

-Uma semana?... Nos nos casamos a quase três meses, e agora que eu vim saber disso?<o encarei incrédula>

-Eu não tive coragem de te contar!<a sua voz arrastada estava completamente pesarosa>... Eu não presto como marido!<disse e elevei as mãos ao rosto>... Não chora amor, o único culpado aqui sou eu!<disse segurando em meus braço para tirar a minha mão do rosto>

-Me solta!<disse puxando o meu braço da sua mão>

-Amor, eu te amo tanto, não faz assim!... Voçe disse que me amava!

-Levanta, chega, vamos para o quarto, voçe precisa de uma roupa, e de algumas horas de sono!<disse me levantando>

Estava me sentindo triste, e decepcionada. Não sei por qual motivo ele não se lembra dos detalhes, não sei se era pela bebida, ou se realmente não se lembra de nada, eu sei que eu estava arrasada. O ajudei a chegar no quarto, coloquei uma camisa, e uma calça de moletom somente, quanto menos roupas, menos esforço. O Ajudei a se deitar, e me sentei na beirada da cama observando enquanto ele se acomodava sobre a mesma.

-Deita comigo?<pediu>

-Não!<apenas balancei a cabeça negativamente>

-Por favor!

Estava me sentindo extremamente traída, e não so pela traição em si, mas por ele não ter me contado nada antes, por ele ter deixado a nossa vida seguir normalmente como se nada tivesse acontecido, por ele me tocar, me amar por varias noites seguidas, sendo que ele tinha me traído uma semana depois de termos nos casado. 
Me senti um lixo de mulher, me senti suja, e completamente iludida. A única coisa que eu queria era estar longe dali naquele momento, era estar longe de tudo isso, e não estar sentindo esta decepção tão grande.


Me levantei da cama quando ele tinha dormido, olhei para o quarto meio sem saber o que fazer, estava perdida, completamente perdida. Eu não seu se conseguiria perdoa-lo novamente, pois muitas coisas, ele me traiu logo depois do casamento, sem motivos, me enganou, me fez de trouxa ao não me contar, ele nunca iria me contar. Tomei uma decisão muito seria, uma decisão que poderia mudar muita coisa dali em diante.

(...)

-O que houve Mary?<disse Urbana parada na sala>

-Eu preciso ir embora!

-Por que?<me encarou incrédula vindo ate mim que já estava com as minhas malas, e as da Becky prontas>

-Não e justo com a Ingrid ela perder o passeio amanha, por isso estou indo antes que ela chegue!

-Para onde voçe vai a esta hora, com esta criança, neste frio?... E voçe acha que se voçe for ainda terá alguma coisa amanha?

-Eu vou para um hotel não se incomode comigo!... Vai sim, eu estarei bem, são não quero mais...

-E claro que não, voçe não vai sair daqui enquanto não me contar o que aconteceu!<disse seriamente>

-Eu estou cansada...

-Por causa de hoje?... Mary casamento e assim mesmo, dias de altos e baixos...

-Mãe!<Zayma a gritou>

-Mamãe já vai!... Fica aqui, eu já venho!<disse e eu me sentei no sofá>

Ela saiu do meu campo de visão, olhei pela janela, e o taxi que eu tinha chamado tinha acabado de estacionar. Peguei as minhas malas, e as da Beky as empurrando para fora, o motorista veio me ajudar, e logo em seguida tudo estava dentro do carro, inclusive eu e minha filha.


Olhei pela janela do carro, e do lado de fora vi a Urbana aparecer na sala, e colocar uma das mãos na cabeça. Fechei os olhos com força, me lamentando, mas infelizmente já estava feito. O meu coração estava querendo aquilo no momento, e mesmo que ele se arrependesse depois, já estava feito. Era a segunda vez que ele me traia, a primeira vez eu ate consegui relevar, e simplesmente deixei como se nada tivesse acontecido. Mas agora, era muita coisa junta, eram muitas motivos para que a minha atitude fizesse todo o sentindo.

O meu celular começou a tocar, e eu o ignorei ate que parasse de tocar, e assim aconteceu nas 5 vezes em que ele tocou, não queria falar, e eu sabia que seria a Urbana, e ela com o seu jeito, me convenceria a voltar, e eu não queria isso no momento.

Talvez não fossemos feitos para ficarmos juntos, talvez o nosso destino e estar longe um do outro, ou simplesmente estamos tomando as atitudes erradas, e contribuindo para um futuro separados. Eu o amo isso e certo, mas não quero ter que ficar apanhando sempre, ter que ficar levando bordoadas de um relacionamento, em que aparentemente, somente eu estou empenhada.

Eu era uma prostituta, que larguei tudo para ficar com ele, ele me tirou daquela vida infeliz, eu mudei por ele, eu me doei completamente a ele, quando decidimos ficar juntos. Tenho muito a agradecer a ele, tenho realmente muita coisa para agradecer, não sou injusta ou ingrata, pois reconheço que sem ele eu não estaria aqui, e que do mesmo jeito que ele e a minha pedra de salvação, ele foi a mesma pedra que neste momento esta me puxado para baixo. Ele e um homem maravilhoso, me faz sentir viva, me faz sentir como se nada no mundo pudesse dar errado, mas ao mesmo tempo, fez com que eu me sentisse morta pela segunda vez, em momentos como este.

Não estou dizendo que e um ponto final, mas e um tempo para que eu consiga absorver esta informação que me pegou de surpresa, e tão desmotivada. Não estou dizendo que não posso voltar amanha ou depois para ele, so que no momento, eu preciso estar longe, preciso estar distante, preciso estar comigo mesma. Sei que estou agindo por impulso, e que posso me arrepender, mas e que no momento esta tudo escuro, esta como um céu nublado, pronto para descarregar toda a sua tristeza em sima de mim, como seu eu já não tivesse as minhas próprias tristezas.
 Me sinto sem chão neste momento, sinto como se a terra pudesse me engolir de uma hora para a outra. O meu coração esta apertado, e parece que este nó que no momento se instala na minha garganta, ficara aqui para sempre. As lagrimas não paravam de cair, mesmo eu me negando render-me a elas, parecia ser mais forte do que eu, e ela so me mostravam, que nem sempre existe um final feliz.


Olhei para a minha menina, e ela estava com a cabecinha encostada no meu peito, ela parecia sentir que a mãe dela não estava bem, e estava quietinha somente abraçada ao meu corpo. Sei que acabei não pensando nela, e na falta que ele pode vir a fazer a ela, e a mim claro, mas ela e pequena, e eu espero que um dia ela me perdoe, e entenda que uma mulher não pode se sujeitar a tudo por amor, que ela tem que ter os seus princípios, e acima de tudo, dignidade, e coragem de encarar um novo começo.

Estava difícil de achar um hotel vago por ser véspera de natal, e pela hora, por isso o taxista disse que poderia ver se achava algo em Wimdermere, que era uma cidade vizinha a vinte minutos de Lake Buena Vista, que era onde estávamos. Quando chegamos a cidade enfim encontramos um lugar em que eu pudesse me hospedar com a minha filha. Chagamos em um hotel simples, bem simples na realidade, era uma pequena pusada, era o que eu poderia pagar, sem comprometer a nossa passagem de volta para Los Angeles.
Depois de instalada, olhei para a minha filha que dormia calmamente, acariciei o seu rostinho, e me vi sozinha no silencio daquele quarto. Me sentei melhor na cama encolhendo as minhas pernas,  e na minha privacidade, poder chorar ate dormir de cansaço.


Bruno on

Acordei com a Presley me batendo, ainda estava confuso, e com a cabeça doendo muito, parecia que eu tinha levado uma paulada bem no meio da minha testa.

-Para de me bater sua louca!<reclamei>

-LOUCA?

-Não grita, a minha cabeça esta doendo!

-AI PETER QUE RAIVA DE VOCÊ!

-Para de gritar, vai acordar a minha filha, ou a casa!

-SUA FILHA?... SUA FILHA?... TENTA ANDAR PELA CASA, E VE SE VOCÊ ACHA A SUA FILHA SEU IDIOTA!<ela estava chorando>

-Do que voçe esta falando?<me sentei rapidamente na cama, sentindo o meu peito apertar>

-EU NÃO SEI O QUE VOCÊ FEZ... EU JURO QUE NÃO SEI A MERDA QUE VOCÊ FEZ!<sentou ao meu lado na cama>

-A Mary foi embora com a Becky!<a Urbana me olhava com cara de decepção>

-O QUE?<senti a uma pontada na cabeça e elevei a mão ate o local>

-Isso mesmo que voçe ouviu!<Presley voltou a me bater>

-Para de me bater porra!<segurei em seus pulsos me levantando>... O que voçe esta falando Urbana, o que aconteceu?

-Eu não sei, ela não me falou,  disse que precisava ir embora...

-E voçe deixou?<a olhei incrédulo>

-Ela saiu sem que ninguém visse Bruno!... Ela subiu com voçe, para cuidar da sua bebedeira, e do nada ela me apareceu com as malas na sala dizendo que precisava ir embora!

-Eu não sei o que aconteceu, estou perdido!<coloquei as mãos na cabeça, tentando me lembrar de algo>

-Se voçe esta perdido, imagina eu!

-Urbana eu não consigo falar com ela!<ouvi a voz da Ingrid no corredor>

-Calma querida, nos vamos conseguir!

-Que horas isso aconteceu?<perguntei colocando o celular no bolso, e pegando a minha carteira!

-Tem umas duas horas!<disse e eu passei por ela>

-Aonde voçe vai?<veio atras de mim. Encostei na parede quando senti o efeito do álcool ainda circular nas minhas veias>

-Voçe não pode sair assim, esta nevando, e voçe ainda não esta bem da bebedeira!

-A minha mulher e a minha filha estão la fora, por algum motivo que eu não sei... MERDA!< coloquei a mão no rosto ao me lembrar o que poderia ter acontecido>


-O que houve?

-Eu sou um idiota!<encostei na parede, provavelmente eu contei a ela o que tinha acontecido com a Melany, era a unica explicação>

-O que houve?<Pres me encarou>... Voçe sabe onde ela provavelmente esteja?

-Não faço ideia!... Eu preciso acha-la, agora!<disse sentindo a minha voz embargar>... Preciso falar com ela, preciso pedir desculpas, me explicar!

-Eu vou com voçe!<Presley se prontificou>...Voçe não pode dirigir assim!<disse voltando para o quarto>

-O que aconteceu?<Urbana me perguntou ao meu lado no corredor>

-Eu acho que trai a Mary, e acabei contando a ela enquanto estava bêbado!

-Voçe acha que a traiu, ou acha que contou?

-Acho que a trai!

-Como acha Bruno?... COMO ACHA?

-Eu não me lembro!... Quando acordei a mulher estava la!<disse sentindo as lagrimas escorrerem>... Eu não me lembro de nada, e como se tivesse tido um apagão na minha cabeça!<disse baixo>... Eu não faria isso, ainda mais uma semana depois do nosso casamento!

-Uma semana Bruno?... Onde voçe estava com a cabeça de beber a ponto de perder os sentidos!

-Eu não bebi demais, eu bebi umas 6 doses de Whisky, e voçe sabe que isso não me derruba, so quando faço misturas como hoje!

-Vamos!<Presley apareceu na nossa frente>... Coloca esta casaco!


Descemos as escadas rapidamente, e me deparei com a Ingrid chorando muito no sofa, estava me sentindo muito mal em estragar o natal do todos, e provavelmente a minha vida. 
Pres e eu entramos em um dos carros, e ela disse que iriamos procura-la em alguns hotéis, e pousadas, pois provavelmente era onde elas estariam. Olhei no relógio e já era mais de dez da noite quando iniciamos a nossa procura, olhamos em vários cantos da cidade onde estávamos. Olhamos em praças, ruas,  estabelecimentos que pudessem estar abertos, pequenos hotéis, grandes hotéis, pousadas, olhamos em todos os lugares, e decidimos procurar em outras cidades próximas, mas infelizmente parece que quanto mais procurávamos, mais perdidos estávamos em relação a encontra-las.

-Aonde Mary foi parar com a nossa filha?<perguntei para mim mesmo, claro sem obter resposta>

Se eu tivesse o poder de voltar no tempo, sem duvidas não teria feito absolutamente nada do que fiz, começar pela aquela maldita noite, eu jamais teria ido naquela after party, acho que teria ido direto para o meu hotel, mas como infelizmente agora não dava mais para reclamar, o negocio era tentar se concentrar, e procura-las.
As minutos estavam passando se transformando em horas, olhei novamente e era exatamente quinze minutos para meia noite, em quinze minutos ela iria fazer aniversario, e tudo o que eu tinha planejado ate agora iria para o espaço, se bem que a esta hora, tudo já foi por água abaixo, e a muito tempo. 
Sem sucesso decidimos voltar para casa, eu estava triste, a Pres estava triste, e a cada cinco minutos soltava uma para mim, que sem duvidas eu estava merecendo no momento.


Chegamos em casa faltava exatamente três minutos para meia noite, a casa estava decorada, as luzes de natal estavam ligadas, as crianças estavam correndo, e pareciam felizes, alheias a tudo o que estava acontecendo, e sinceramente, era melhor assim, não queria que elas não se divertissem no natal por culpa minha.

Disse para a Pres entrar, que eu iria em seguida, ela me olhou e eu sorri sem vontade para ela pedindo desculpas. Ela não me respondeu, e simplesmente saiu do carro entrando em casa em seguida. Peguei o meu celular, tentei ligar para ela, mas mais uma vez chamou, chamou, chamou e ninguém atendeu, respirei fundo e decidi deixar uma mensagem. Seria a mensagem mais dolorida, e longa da minha vida.

"Eu sei que estou errado, sei que fiz merda, mas so eu e Deus, sabemos como me arrependo. So eu sei como estou decepcionado comigo mesmo, e me arrependo de não ter ido embora daquela after party, e ido para o hotel. Sei que provavelmente voçe não vai se importar, mas eu realmente não me lembro de nada que aconteceu naquele dia, foi como se tivesse acontecido um apagão, como se eu tivesse sido dopado. Eu me lembro de tudo o que aconteceu hoje, de cada detalhe, durante a nossa saída ate o Pub, e me lembrei agora de tudo o que te falei, mas daquele dia eu não lembro de nada. Estava ate agora te procurando pelas ruas, para te pedir perdão, para te dizer tudo isso pessoalmente, ser homem o suficiente para aceitar as suas decisões, mesmo que ela seja a pior possível.
Eu te amo muito, amo muito a nossa filha, e estou completamente devastado neste momento, sentindo que desta vez eu te perdi para sempre, mesmo tendo certeza que foi por causa daquela vagabunda, eu cai no golpe mais antigo, e corro sérios riscos de te perder para sempre, sem ter como provar que te trai, pois nem eu mesmo sei."

Interrompi a mensagem quando comecei a ouvir os fogos pipocando no céu, anunciando o Natal. Olhei para dentro e as crianças ainda estavam animadas, e os adultos se abraçavam, mesmo meio que sem vontade. Retomei a minha mensagem, com o coração ainda mais apertado por saber que poderíamos estar bem, e comemorando, felizes com todos.

"Acaba de marcar meia noite, e eu estou sozinho dentro do carro, me lamentando por todas as merdas que fiz, pedindo a Deus para me dar uma luz para que eu consiga ter vocês de volta. Tinha preparado uma surpresa para voçe, pelo seu aniversario, mas infelizmente agora ela não faz nenhum sentido, e mais um aniversario seu, e eu não estou com voçe.
Sinto muito por tudo, e a única coisa que eu queria agora, era te ver. Eu te amo muito, e a cada segundo que passa, a sua falta arde, e me machuca, e dói ainda mais saber que voçe pode estar igual, ou ate pior do que eu. 
Não vou te desejar feliz natal, muito menos feliz aniversario, por que eu sei que não esta feliz, e por que não faria nenhum sentido. Mas olhando para o céu estrelado agora, eu sei que se tivesse direito a algum pedido esta noite, sem duvidas seria para poder voltar no tempo, desfazer toda esta merda, e ter vocês de volta. By.: Bruno"

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