quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

Dias difíceis... cap 157

Senti um receio estranho, um frio na barriga, e um nó chato se formar na minha garganta, se eu simplesmente desse as costas sem duvidas levantaria suspeitas sobre a minha atitude. por isso respirei fundo, e esperei eles se aproximarem.

-Sinto muito a sua perda Bruno!<disse Justin esticando a mão para um cumprimento, que eu retribui>

-Obrigado Justin!<disse e senti a minha menina apertar ainda mais o meu pescoço>

-A Mary era uma mulher muito querida, e eu gostava muito dela…

-Imagino que sim!<disse seriamente>

-Eu entendi o sentido ao qual voçe se referiu, mas se não fosse por ela, eu não estaria casado com a Jéssica mais!... A Mary sentou comigo, conversou, me aconselhou, e salvou o meu casamento!... Agradeço muito a ela!

-Que bom, fico feliz em saber disso!

-Esta e a filhinha de vocês?<disse acariciando as costas da Becky que se encolheu em meus braços>

-Sim!... Rebecca!<assumi>

-E linda, eu pensei que ela fosse menor, afinal ela nasceu a quase dois anos não e?<disse e eu respirei fundo>... Mas eu pensei que fosse um menino!

-Ela vai fazer quatro anos!<assumi, e antes que ele perguntasse mais alguma coisa eu me virei para o Paul que estava calado apenas olhando diretamente para mim>... Voçe deve estar muito feliz não e?... Veio ate aqui para que, para rir?<disse olhando diretamente para ele>

-E claro que não Bruno!<me surpreendi ao ouvir a sua voz baixa, completamente diferente do Paul grosseiro que conheci>... Eu sempre gostei da Mary, e só eu sei como sofri esta madrugada!... Estava em New York quando fiquei sabendo, e vim imediatamente…

-Pois saiba que voçe não e bem vindo aqui!

-Eu sei, e te compreendo!<baixou a cabeça>... Eu ja fui ate ela, e pedi perdão por tudo o que fiz, e falei, sei que ela me perdoaria, pois sempre foi uma mulher notável…

-A minha mulher era maravilhosa!... Ela sempre sera maravilhosa!

-Fica tranquilo Bruno, eu ja estava de saída!

-Papai, cade a mamãe?<ela levantou o rosto olhando diretamente para mim>

-Ela esta dormindo meu anjo!<ele disse passando a mão em seus cabelos>

-Não encosta nela!<dei um passo para trás e ela o olhou>

-Ela e linda, e a cara da  Mariane!<a encarou arregalando um pouco os olhos assim como o Justin>

-Mas alguns traços, principalmente os olhos dela, eles não parecem com os da Mary!<Justin fez uma observação me deixando desarmado>

-Me desculpem, vou falar com os outros presentes!<disse me virando, mas me virei o olhei novamente>... E voçe!<encarei o Paul>... Por favor, va embora!

Me afastei deles e andei no meio das outras pessoas que lamentavam a minha perda, e para quem quase não tinha amigos em L.A, tinha bastante gente no velório. Eu vi a dona da loja do shopping em que ela iria trabalhar, alguns amigos meus que apareceram para me cumprimentar, e um cara que eu tenho certeza ser o Josh, sinceramente, não sei como este povo descobriu tão rápido.


Tentei deixar a Becky com a Pres, a Urbana, a Cindiah, ate com o Phil eu tentei, para me aproximar do caixão, mas ela não queria desgrudar de mim, então o jeito foi me aproximar com ela, pois no final da tarde seria o sepultamento, não seria conveniente adiar por muito tempo, e eu não queria ficar dias remoendo aquela dor. Me aproximei do caixão que estava com uma das partes abertas, e ela estava com a expressão tão serena, tão tranquila, que parecia que ela iria acordar a qualquer momento, mas infelizmente este era somente o meu desejo, eu sabia que isso não iria acontecer.

-Mamãe!<ouvi a nossa filha chamar baixinho por ela assim como ela a chama todas as manhas para acorda-la>... Voçe sera sempre a estrelinha mais bonita do céu!<senti os meus olhos arderem novamente, e as lagrimas embaçarem a minha visão>

-Meu anjo, minha vida, vai ser tão difícil sem voçe, vai ser insuportável na realidade, mas infelizmente eu terei que ter forças para encarar tudo sem voçe ao meu lado, sem a minha outra parte, pois metade do meu coração esta indo com voçe!... Não quero que me deixe, quero sonhar com voçe, com os seus olhos, e o seu sorriso todas as noites, quero o melhor de voçe no que resta do meu coração, na minha alma, e nos meus melhores pensamento!... Ninguém, nunca vai ocupar o seu lugar em minha vida, voçe sempre terá o seu lugar em especial!... Ja estou morrendo de saudades!<respirei fundo, e senti as lagrimas caírem novamente>

-Não chora papai!<senti a minha filha alisar o meu rosto, e me dar um beijo>... Mamãe ama voçe!

-A todos nos meu amor!<beijei demoradamente o seu rosto>

O resto do dia foi mórbido, e muito triste assim como o inicio dele. Tentei, mas não consegui fazer a Becky desgrudar de mim, e ela acabou ficando comigo para o velório da mãe, se desgrudar da rosa branca que estava em suas mãos. A Laísa disse não estar em condições de acompanhar o cortejo, e disse que ficaria no carro.


Caminhávamos pelo enorme cemitério que parecia um amplo jardim, ele foi escolhido por mim, por ser parecido com o um enorme jardim, e como ela amava o jardim da nossa casa, achei que seria o melhor. 
Eu carregava um buque de rosas brancas, e estava de mãos dadas com a minha filha, e sendo abraçado pela Pres que se fazia de forte, mas a todo instante secava os olhos por baixo dos óculos achando que eu não percebia. Acho que depois de mim, a Ingrid, e a Laisa, a Urbana era a que mais estava sofrendo, ela não tinha parado de chorar um segundo se quer, e eu ate cogitei a hipótese dela ir para casa, mas ela se recusou.
Chegamos onde seria a sua ultima morada, e o caixão foi apoiado ja sobre o jazigo para que pudéssemos lhe oferecer as nossas ultimas orações, e palavras de despedida. Vi a Ingrid se aproximar do caixão, e colocar a mão sobre ele, com a outra mão em seu peito, colocou uma rosa branca sobre a madeira, e debruçou sobre o mesmo.

-Lembro quando voçe me ensinou a pentear os meus cabelos, dizia que eu deveria pentear os fios no minimo umas cem vezes para não embolar enquanto eu estivesse dormindo!<ela intensificou o seu choro, deixando a todos nos emocionados>... Eu pensava que voçe só queria me deixar ocupada, para que não te perturbasse, mas no fundo voçe so estava cuidando de mim!... Lembro quando brigou com o Bruno, o nosso primo, por causa das minhas bonecas que ele tinha arrancado a cabeça delas!<sorriu sem humor>... Lembro do abraço forte que voçe me deu quando os nossos pais morreram, de como voçe cuidou de mim, se arriscou por mim, enfrentou pessoas mas, e eu sei que no fundo era por mim, para que eu estivesse agora onde estou em uma faculdade, e não como voçe quando estava com a minha idade atual, aos 19 anos!<limpou o rosto respirando fundo>... Sei que ja estou velha, mas ainda preciso de voçe para cuidar de mim, quem vai me dar bronca agora, quem vai me obrigar a dar um intervalo de dez minutos no estudo para comer?... Eu te prometo uma coisa, eu nunca, nunca vou seguir o caminho errado, eu prometo que vou ser sempre certa em minhas decisões, ao menos tentar, ser justa com os próximo assim como voçe foi!<olhou diretamente para mim>... E mesmo sendo ridículo, assim como voçe me pediu a alguns dias atrás, prometo cuidar do crianção do seu marido, e não deixar ele encher a Becky e o Denny de cookies antes do jantar!<disse nos fez sorrir em meio as nossas lagrimas>... Te amo minha irma, minha mãe, minha companheira, minha amiga, meu exemplo!... Vai com Deus!<terminou em prantos>

Me aproximei dela a abraçando com força, passando a mão em sua cabeça, tentando consola-la em seu pranto doloroso, ela retribuiu o meu abraço, entregue a um choro dolorido e cheio de sentimento.
Um por um fomos depositando as nossas flores, e homenagens em forma de palavras, preces, choro, e ate uma musica, o Phil fez questão entoar enquanto o seu corpo era enfim depositado em seu leito nos deixando ainda mais inconsoláveis com a sua precoce partida.

(...)

A semana seguinte foi extremamente dura para mim, quase não dormi, passava boa parte dos meus dias no estúdio, ou olhando para o teto do meu quarto sentindo cada canto daquela casa se tornar ainda mais vazia sem a sua presença. 
Me sentia a cada dia que passava ainda mais sozinho, mesmo tendo tanta gente ao meu redor, ja que todos os dias ou o meu irmão, ou o Phil, enfim alguns dos caras vinham ate a minha casa para ficar um pouco comigo, e com as crianças que estavam sentindo muito a falta da mãe, e do pai, infelizmente, ja que eu tinha me enfiado um uma bolha, e a única coisa que eu queria era ter a minha mulher de volta. 


Tinha dias que eu so pensava besteiras, pensava em dar um tempo, sumir, ou ate mesmo ir ficar com ela, mas as únicas coisas que me faziam parar para pensar eram os meus filhos. Por varias vezes so consegui dormir depois de tomar uma garrafa inteira de vodka pura.
E em uma destas noites de aparente solidão, eu senti que não estava tão sozinho quanto eu pensava, quando no incio da noite, depois de ter tomado banho, eu me deitei novamente, e ouvi leves batidas na porta.

-NÃO QUERO FALAR COM NINGUEM!

Disse completamente rabugento como estava começando a ficar, ate com os meus filhos na realidade, e isso não era nada legal, mas eu só queria sentir a minha dor, sozinho, sera que isso e pedir demais? Ignorando completamente o meu pedido, ouvi a porta se abrir, e bufei alto me sentindo contrariado.

-Papai?<ouvi a voz do meu anjinho, e fechei os olhos com força>... Posso ficar um pouco com voçe?<disse parada na lateral da cama com as mãozinhas sobre a mesma>

-Pode meu amor!<disse e ela subiu na cama com um pouco mais de facilidade do que antes>

-Eu te amo!<sussurrou no meu ouvido>

-Eu também!<sussurrei de volta>

-A mamãe ta triste!<disse passando a mão no meu rosto, e eu a encarei>... Esta espetando!<reclamou da minha barba, pois nem isso eu estava fazendo a dias>

-A mamãe esta triste não amor, ela esta no céu, e um anjo, e os anjos não ficam tristes…

-Esta sim, ela me disse!... Ela disse que voçe não sai mais daqui, e fica pensando coisas feias, e ela disse que não gosta quando voçe bebe aquelas coisas, e eu também não papai!

-Voçe fala com a sua mãe?<a encarei surpreso com a minha própria pergunta>

-Ela fala comigo quando eu durmo, mas e só quando eu to dormindo!<fez carinha de triste>... Por que ela não fala comigo quando estou acordada?

-Voçe si sonha com ela meu anjinho!<esclareci a sua duvida>... O papai esta triste por que a mamãe não esta mais aqui, mas logo vai passar!

-Boa noite!<ouvi batidas na porta, olhei para a mesma e era a Ingrid com uma bandeja de algo em mãos>

-Voçe e bem vinda, mas a bandeja não, estou sem fome!<disse a vendo entrar>

-Desculpa, mas a Rose disse que voçe não almoçou hoje, e não jantou ontem, e eu notei que tem uma garrafa a menos de vodca na adega!<disse apoiando a bandeja na mesinha de cabeceira>

-Ingrid eu não estou com cabeça…

-Eu também não Bruno…

-Eu perdi a minha mulher!

-E eu a minha amiga, irma, mãe!... Não to falando que a sua perda foi menor, claro que não, mas eu sei que ela não estaria nada feliz se te visse assim, largado neste quarto, ou no estúdio, bebendo todas as noites, e se alimentando mal…

-Eu so quero sentir a minha dor!

-Ate quando?

-Não sei!<abracei a minha pequena que estava ao meu lado>

-Pensa nela, pensa no Denny, desde que ela se foi voçe não fica com eles!... Voçe só fica com a Becky por que ela vem ate aqui, mas e ele?

-Pega ele pra mim?<pedi>

-Vai comer antes!<respirei fundo>

-Comer papai!

-E só um sanduíche, com suco!... Come!

-Ta bom, vocês venceram!<me sentei e ela me entregou a bandeja>

-Prometi a Mary que cuidaria de vocês, e mesmo doendo!<disse com a voz embargada>... Eu vou cumprir, ate voçe se recuperar, e se sentir pronto para seguir a sua vida, e encontrar uma mulher que ocupara o lugar da…

-Não!<fui firme>... Ninguém vai ocupar o lugar dela, ninguém!

-Tudo bem!<respirou fundo>... So coma, que eu vou buscar o Denny!


Ela voltou pouco tempo depois com o Danny que entrou no quarto pisando firme, e so pediu ajuda para subir na cama, pois nem dava para ver a cabeça dele direito. Ele era muito parecido comigo, na cor, nos olhos, o cabelo, mas era decidido, e as vezes muito turrão como a linda mãe dele. 
Terminei de comer, deixei eles na cama vendo desenho, e fui ate o banheiro, fiz rapidamente a barba, e depois de escovar os dentes eu me olhei no espelho, e respirei fundo novamente me lembrando das palavras da minha pequena princesa ao dizer que a mãe estava triste por eu não estar me cuidando, e simplesmente esquecendo de mim, e dos nossos filhos para viver a minha dor.

-Como eu vou cuidar de mim, se era voçe que fazia isso?<me encarei através do espelho>... Se era voçe que cuidava de cada detalhe da minha vida, do meu dia, que cuidava de mim como com carinho!... Como vou dominar tudo isso, todas estas emoções juntas, esta saudade?... Ter que ser pai e mãe ao mesmo tempo, eu não sei fazer isso!<disse segui ate a porta olhando para os nossos bebes que estavam quietinhos deitados lado a lado vendo a TV>... Eles são tão lindos, tão lindos como voçe meu amor!

Voltei para a cama, e me deitei ao lado deles, como o Denny era o menorzinho deixei ele entre a Becky e eu, passando a mão por cima dos dois. Fiquei por um tempo apenas deitado com os pensamentos longe enquanto eles assistiam a Tv. Olhava para o lado de fora vendo o céu um pouco nublado, a noite um pouco mais escura do que o normal, e quase sem estrelas. 
Não era fácil não pensar nela em qualquer momento do dia ou da noite, não e fácil pensar na linda vida que estávamos construído juntos, não e fácil imaginar como seria nossa vida com os nossos filhos, imaginar, e saber que ela não esta aqui para compartilhar de tudo isso que ela me ajudou a começar a construir. Queria voltar no tempo e conseguir prever tudo isso, e poder impedir a sua partida.
Depois de um tempo eu vi a porta se abrir, elevei o olhar e vi a Laísa com o rosto para dentro do quarto, sorri sem humor para ela que entrou fechando a porta em seguida.

-Vim buscar os bebes para dormirem!<estava com os olhos e o nariz vermelho provavelmente chorando>

-Ainda estão acordados!<disse baixo>

-Tia deita aqui pra ver desenho!

-E melhor não meu amor…

-Por favor!

-O pai de vocês não vai gostar…

-Ela pode deitar aqui papai?<ela me encarou, e eu apenas sorri>... Deita tia!<pegou em sua mão a fazendo se deitar>

-Esta bom assim?<perguntou a ela>

-Esta!

-Esta melhor?<olhou em meus olhos>

-Não!... Uma hora quem sabe?

-E voçe?<apenas balançou a cabeça negativamente fechando os olhos com força>

-Nossa mas esta cama esta muito boa!<disse Ingrid da porta>

-Vem deita aqui também!<disse chegando um pouco pra frente para que ela deitasse atras de mim>

-Vou aceitar, nada melhor do que ficarmos todos juntos!<disse enquanto se deitava>

-Ta apertado!<Becky sorriu>... Mas esta tão bom!

-Eu amo vocês!<disse me sentindo um pouco mais confortável, e estranhamente seguro com eles>

-Nos também te amamos meu cunhado, e vamos passar por tudo isso juntos!

E ali eu vi que tinha perdido o amor da minha vida, mas que mesmo ela tenho ido embora, isso não dignificaria que eu deveria ficar sozinho, pois eu ainda tinha varias pessoas ao meu redor que me amavam, e precisavam de mim.

(...)

Exatamente duas semanas desde a morte da minha mulher. Morte não, acho esta palavra muito pesada. Depois da partida da minha esposa, eu recebi uma noticia muito chata.

-Bruno, posso falar com voçe?<Laísa entrou no estúdio onde eu estava>

-O que houve Laísa?... Aconteceu algo com as crianças?<apontei uma cadeira para que se sentasse>

-Não, na realidade e comigo!<disse sentando>

- O que houve?

-Eu tentei, juro que tentei, mas eu não consigo Bruno, cada lugar desta casa me lembra dela, cada detalhe, o jardim, os quartos principalmente os das crianças e o seu!... Voçe me lembra dela, e de como a fez feliz, de como ela foi feliz ao seu lado!<disse secando as lagrimas que ja caiam>... Eu amei muito a Mary, ela era o amor da minha vida, e quando eu aceitei a sua proposta a quase dois anos atras, eu queria estar ao seu lado, queria aproveitar da presença dela, e poder ver o seu sorriso, mesmo que este fosse para voçe!

-O que voçe quer dizer com isso?

-Quero dizer Bruno, que eu não posso mais ficar aqui!... Eu falei com a Rubi ontem, e ela esta em New York, esta trabalhando como gerente de um rede se cafés, não e muito, mas ela disse que estão precisando de pessoas para trabalhar la, eu vou trabalhar com ela, e vamos morar juntas novamente!

-E uma pena, eu já tinha me acostumado com a sua presença aqui, mas se voçe acha que e o melhor, eu apoio a sua decisão!

-Obrigada Bruno, eu jamais vou esquecer de voçe!

-Nem eu de voçe!... Venha nos visitar!

-Eu venho!<se levantou me puxando para um abraço>



(...)


Acho que pouco mais de duas semanas depois da partida da Laisa, fato este que deixou os meus filhos arrasados, e que desde então eu divido a minha cama com os dois, para melhorar a minha ja fase nada boa, eu recebi uma visita não muito agradável. Na realidade, ela era extremamente desagradável.
Estava no jardim com as crianças acatando a ideia da Ingrid em dar mais atenção a ele, e consecutivamente estava no lugar onde ela amava ficar, e sempre me fazia lembrar ainda mais do meu amor. Estava tentando me animar brincando com as crianças, tentando dar o meu melhor a elas e fingir que não mais chorava durante as noites como uma criança indefesa, quando eu vi a Rose aparecendo seguida de um homem bem vestido, de terno, com uma mala, e um papel em mãos.

-Bruno, este homem veio falar com voçe!<chamou a minha atenção>

-Boa tarde!<disse receoso>

-Boa tarde senhor Mars!... Me chamo Richard Donavam, sou oficial de justiça!

-O que?<o encarei>

-Vim a mando da Juiza Mercedez Muñoes da vara de família americana…

-Do que se trata?<perguntei receoso já sentindo o meu peito apertar>

-A juíza acatou o pedido de…<olhou o papel em suas mãos>... Paul  William Hendersos Terceiro, e Justin Randall Timberlake, para fazer o teste de DNA na primogênita de Peter Gene Hernandez, com a alegação de incompatibilidade genética!

-O que?<senti como se levasse um soco no estomago>... Incompatibilidade genética, mas que filhos da…<me travei ao lembrar que os meus filhos estavam próximos>

-O senhor precisa assinar o mandato!

-Eu vou ligar para o meu advogado primeiro…

-O senhor tem que assinar!

-Eu so vou assinar quando o meu advogado estiver aqui!<disse seriamente olhando para ele>

-O senhor pode ligar para ele, mas eu não posso ficar esperando ele chegar!

-Bruno meu filho, por favor, colabora!<Rose disse e eu respirei fundo pegando o celular, e procurando o numero do meu advogado o Dr. Bennett o mesmo que havia cuidado do caso da Mary. Para a minha infelicidade ele mandou que eu assinasse o mandato e que seguisse todas as recomendações depostas no mandato.
Depois de assinado, o papel dizia que eu deveria comparecer ao Fertility Institutes acompanhado minha filha para colher material para fazer o maldito exame de DNA.

(...)

No dia marcado eu fui ate a clinica, lógico que antes eu fiz questão de discutir todos os pontos com o meu advogado, mas mais uma vez ele me aconselhou a fazer o maldito exame, disse que era o melhor a se fazer pois se eu não fizesse, poderia ser processado por obstrução da justiça, e seria pior por que alem da Becky ser tirada de mim, o Denny também seria. Me vendo sem ter para onde fugir, aqui estou eu estacionando nesta bendita clinica com a minha filha para fazer este exame.


Desci do carro, tirei a Becky da cadeirinha a pegando no colo, e em seguida caminhei a passos largos ate a recepção, onde tinha uma mulher sendo atendida, e eu fiquei de lado com a minha filha a espera da minha vez.

-Papai o que estamos fazendo aqui?<disse olhando ao redor com curiosidade>

-Vamos fazer um exame meu amor, e coisa rápido!

-Voçe ou eu?<apontou o dedinho para si>

-Sim, voçe e eu meu amor!

-Eu não estou dodói papai!

-Eu sei meu ajo, mas precisa fazer!

-Não quero!<reclamou>

-Eu sei vida, o papai também não queria!

-Próximo!<disse a moça>

-Bom dia, eu vim realizar um exame judicial!

-Identidade, por favor!

-Aqui esta!<a entreguei o documento>

-Senhor Peter, aqui esta, e so ir ate aquela salinha e aguardar, em breve serão atendidos!

-Obrigado!,peguei o papel, e segui para a tal sala>

Me sentei em uma cadeira, apoiando a minha filha em meu colo. Eu estava tenso e sentindo um frio chato na barriga, eu não queria estar ali, de forma nenhuma, estar nesta clinica prestes a fazer este exame pelo qual eu fugi por 4 anos, foram exatamente 4 anos fugindo desta hora, e infelizmente eu fui obrigado a estar aqui neste momento, sinceramente, a sorte não esta ao meu lado ultimamente.

Depois de uns cinco minutos de espera em que a Becky não parou um minuto, ela se mexia tanto no meu colo, estava inquieta, e parecia mais tensa do que eu. Uma moça de aparentemente uns 35 anos nos chamou, e entramos na sala. Ela fez questão de ir no chão, e entrou na minha frente, mesmo estando tensa, ela parecia estar com mais coragem do que eu naquele momento.

-Mas que mocinha mais linda!<a moça olhou para ela>

-Obrigada!<agradeceu e eu senti orgulho da minha pequena tão bem educada mãe>

-Qual e o seu nome?

-Rebecca, mas todo mundo me chama de Becky, menos o meu pai que me chama de Angel!<tagarela>

-Que lindo, quantos nomes, esta melhor do que eu!<elas sorriram>

-Qual e o seu nome?<curiosa>

-Elisabeth!... Mas todos me chama de Beth!

-Gostei!

-Que bom!... Por favor, sente e a coloque no seu colo!<fiz o que ela pediu>

-Papai vai doer muito?

-Talvez meu amor!... So voçe ficar quietinha não vai doer!

-Vamos fazer o seguinte, vamos com o senhor primeiro?... Sera melhor que ai ela vai ver que não doí!<sorriu para a Becky que desceu do meu colo>

-Claro!

Ela rapidamente fez todo o procedimento, e retirou o a amostra de sangue do meu braço, e eu permaneci o tempo inteiro sorrindo para mostrar a ela que não precisaria ficar com medo.

-Olha só Becky, a tia precisa que voçe coloque o bracinho aqui esta bem?... Apoie aqui, que eu preciso retirar um pouquinho do seu sangue minha princesa!

-To com medo!<me abraçou.

-Amor, o papai esta aqui tudo bem?... Olha pra mim?<ela me encarou>... Vai dar tudo certo, confia em mim okey?

-Ta bom!

Ela entregou o braço a moça que o apoiou o seu fino e frágil bracinho no apoio para braço, e em seguida a Becky viu ela retirando a agulha, e virou o rosto para mim, e fechando o olho com muita força. Coloquei a mão em sua cabeça a apoiando em meu ombro, e senti o meu coração doer quando a enfermeira enfiou a agulha no braço dela, e ela gritou.

-PAPAIIIIIIIIIIIIIIIIIII!

-Shiiiii e rápido amor!

-DÓI, TA DOENDO!<começou a chorar>

-Calma meu anjo!

-Pronto ja acabou, viu foi rápido!<disse colocando um pequeno curativo colorido no lugar do furo>... Nem doeu muito…

-Doeu sim!<disse ainda chorando>

-Quando pego o resultado?<disse mais serio, não gostava de ver a minha filha chorando>

-Vai direto para o tribunal senhor!

-Obrigado, tenha um bom dia!<disse começando a sair>

-Chão papai!... Me coloca no chão!<pediu birrenta>

-Vai ficar com raiva do papai agora e?< a coloquei no chão>

-Vou!<respondeu seria começando a andar na minha frente>... Doeu!<parou me encarando seria apontando para o braço>

-Eu sei amor, me desculpa!

-Não, papai disse que não ia doer!... Doeu Bruno "Mais" foi muito feio!<deu as costas e saiu batendo o pe. Geniosa>

-Volta aqui pedaço de gente!<disse indo atras dela>... Me da a mão pelo meno!<disse segurando em seu ombro, e ela me deu a mão>

-Quero sorvete!<resmungou>

-Tenha um bom dia!<disse na recepção>


-Para o senhor também!

-Quero sorvete papai!<repetiu>
-Agora e papai, la dentro me chamou de Bruno!< sorri>... Bruno "Mais" ainda por sima!

-Ta ardendo!<reclamou parando na porta do carro>... Para que fizeram isso?

-Olha meu amor!<me abaixei a sua frente>... Saiba que o papai tentou de todas as formas possíveis impedir que este dia chegasse, mas infelizmente não foi possível... Eu prometo, lutar ate o fim para que isso tudo acabe bem!... Eu te amo muito, e jamais deixaria que alguém machucasse voçe sem que eu fosse obrigado a isso!

Ta bom papai!<me abraçou>... Agora podemos tomar sorvete?<sorriu>

-Podemos!

(...)

Os dias seguintes foram de agonia, fiquei sabendo pelo doutor Bennett que a audiência tinha sido marcada para o dia 13 de agosto, e sinceramente eu estava com muito medo, por que o meu advogado disse que eu terei que ter muita sorte para conseguir ficar com a Becky, já que ela não era a minha filha biológica, e o pai teria plenos poderes sobre ela. E so se eu lutasse muito, ou ele desistisse de ficar com ela, que eu poderia ficar tranquilo em relação a minha filha ficar comigo. 
Isso estava me deixando arrasado novamente, havia pouco mais de um mês e meio desde a partida minha mulher, e agora graças ao coração duro de um homem, eu poderia ficar sem a minha filha também, sinceramente, desta vez eu não sei se vou suportar, ela e o meu tudo, e a minha princesa, a minha vida, eu não posso ficar sem a minha filha.

Todos estavam muito empenhados em me dar apoio, os meninos estavam me ajudando, de todas as formas possíveis, e sempre que precisávamos nos ausentar de alguma forma, ou as minhas irmãs praticamente se mudavam para a minha casa, ou as crianças se mudavam, para uma delas, mas eu sempre preferi que elas ficassem aqui, não sei por que, mas eu me sentia melhor.

-Ja vou indo com o Denny Peter!<Jaime me avisou aparecendo na porta do quarto enquanto eu me arrumava>

-Obrigado Jaime!< a encarei através do espelho>... Assim que sair do tribunal, eu te aviso!

-Tudo bem meu irmão, boa sorte la!

-Obrigado, vou precisar!

-Voçe é, e sempre sera o pai da Becky!

-Obrigado minha irma!... A Press ja a arrumou?

-Ja, ela esta simplesmente linda!

-Ela e a cara da Mary!

-Sim, e a copia fiel da sua mulher!

-Eu não posso perder a minha filha!<senti os meus olhos arderem, e ela me abraçou>

-Calma Peter!... Estaremos ao seu lado, sempre!

-Acho que entro em depressão profunda se isso acontecer!... E ela que me da forças para superar cada dia Jaime, cada minuto, e ela que me faz sorrir, sempre olho para ela vejo a Mary, e sinto que não estou tão so, que uma parte dela ainda esta comigo!

-Peter, sera o que Deus quiser!... Ele nunca nos da uma batalha na qual não possamos vencer!

-Eu sei…

O caminho ate a tribunal foi rápido, infelizmente. A Becky estava quietinha, e quase não falava, a Press e Ingrid que estavam comigo e o Dre no carro, tentavam faze-la falar alguma coisa ou sorrir, mas nem elas estavam conseguindo. Reclamei quando vi vários fotógrafos na frente da vara de família, e eu me senti completamente ansioso, nervoso, e pela primeira vez me deu vontade de pegar a minha filha e simplesmente fugir para não correr o risco dela ser tomada dos meus braços.

-Bruno como voçe esta se sentindo diante de tudo isso, correndo o risco de não ser o pai da menina que achava que era sua filha?

-Ela e a minha filha!<respondo apenas>

-Como se sente diante da possibilidade de descobrir que a sua mulher o traiu?

-Ela não me traiu!... Vocês nunca vão entender!

-Se a menina não for a sua filha, e por que ela te traiu!

-Escuta aqui…

-Bruno não!<Dre me encarou>... Não vale a pena, voçe sabe!

-Vamos entrar logo!... POR FAVOR, ME DEEM LICENÇA!<peguei a minha filha n o colo, e todos entramos apressadamente>

Encontrei o doutor Bennett, e ele nos guiou ate uma ante sala, e disse que era para esperarmos ali mesmo ate sermos chamados. Ele disse que a Becky não poderia estar dentro da sala do juri, mesmo a sua presença no tribunal sendo necessária. 
Eu procurei ficar o máximo possível com a minha filha em meus braços, a abraçando, sentindo a sua presença, o seu cheirinho, a sua pele, aproveitando cada segundo dela, antes de entrar naquela maldita sala, e ver o nosso futuro sendo decidido por uma merda de uma folha de papel inútil, criada para porra nenhuma, por que o que importa sou eu, eu a criei, eu dei carinho atenção, respeito. Eu a amo com todas as minhas forças.

Depois de uns vinte minutos de espera, ouvimos o nosso caso ser anunciado, eu deixei a Becky com a Ingrid, e a Press entrou comigo. Me sentei ao lado do advogado, e a Press um pouco atras de mim, olhei para o lado, e vi os dois cada um com o seu advogado ao lado, sinceramente, eu nunca tinha sentido tanta raiva de alguém como estava sentindo deles naquele momento.


-Todos de pé mediante a presença da juíza Mercedez Muñoes<nos colocamos de pé>

-Bom dia!... Podem se sentar!... Bem, estamos aqui para a abertura do exame de DNA pedido pelos senhores Paul  William Henderson Terceiro, e Justin Randall Timberlake, referente a paternidade da menor Rebecca Almeida Hernandez, primogenita do senhor Peter Gene Hernandez!<recebeu o envelope das mãos de um homem, provavelmente o representante da clinica, e eu senti o meu peito acelerar como nunca>... Como podem ver o envelope esta lacrado!<nos mostrou>... Bom, mediante a uma base de erro de 0,001% o senhor Peter Gene Hernandez, não e o pai biológico da menor!<disse na lata>

Okey, esta eu ja sabia, não era novidade para mim. Olhei para o lado e vi o Paul abrir um sorriso, filho da mãe, ele queria era me ver sofrer, isso sim. Nunca que se ele for o pai da minha filha, que ele vai faze-la feliz como eu a faço, que ele vai ama-la como eu a amo.

-Mediante a uma base de erro de 0,001%, o senhor Justin Randall Timberlake!<disse foleando algumas folhas ainda>... Não e o pai da menor!


Pronto, o meu mundo veio abaixo, eu nunca me senti tão triste em toda a minha vida, e hoje pela primeira vez eu senti vontade de brigar com a Mary, por que ela fez isso comigo, eu preferia mil vezes que ela fosse filha do Timberlake, mas infelizmente o meu pesadelo virou realidade. Elevei a mão aos olhos, ja sentindo as lagrimas escorrerem quando ela terminou de falar.

-Mediante a uma base de erro de 0,001%, o senhor Paul William Henderson Terceiro e o pai biológico da menor!

-Eu sabia!<o ouvi murmurar>

-Eu não acredito nisso!<olhei para a Press>

-Calma meu irmão!

-Vamos continuar com o processo, ja que juntamente com o pedido de exame, foi feito o de guarda da menor!<disse abrindo algumas papeladas>... Senhor Justin, pode se retirar se preferir!

-Posso ficar?

-Pode, sem problemas!<disse e ele se levantou vindo ate onde eu estava>

-Bruno, eu sinto muito por todo este transtorno!<disse ao sentar>... Mas e que ele veio ate mim, e disse que ela não se parecia em nada com voçe, e realmente precisamos assumir, ela se parecia muito com um de nos dois…

-Eu sei Justin!<o encarei>... Sinceramente, eu preferia que ela fosse a sua filha, pois eu sei que sem duvidas conseguiríamos entrar em um acordo!

-Claro que sim!

-Ja com ele, eu sinto que perderei a minha filha!

-Boa sorte meu amigo!<colocou a mão no meu ombro>... No que eu puder te ajudar…

-Eu sei!

-O senhor Henderson juntamente com o pedido de DNA, fez o pedido de guarda da menor, que sera julgado agora!<disse ajeitando os óculos, e lendo alguns oficios>... Mediante ao exame de DNA, o senhor Henderson o direito a guarda da menina…

-Eu não vou poder contestar?<olhei para o meu advogado>

-Calma Bruno!

-O senhor e o pai da menor, mas o senhor Hernandez criou a menina ate o dia de hoje!... Portanto e o senhor que terá que argumentar para retirar a menina da guarda do senhor Hernandez!<senti o meu peito aliviar mediante isso, ele não teria argumentos para retira-la de mim>

-Meritíssima!<se levantou>... Os meus argumentos são o fato dela ser a minha filha biológica, da mãe dela ter sindo muito importante para mim…

-Cara de pau, ele escorraçou a Mary da casa dela!

-E pelo fato de ter sido traído pelos dois, tanto ela como o senhor Hernandez me enganaram, não me contaram sobre a minha filha, não me falaram que eu tinha uma filha, e nos encontramos por varias e varias vezes depois que ela teve a minha filha!<eu estava de queixo caído literalmente>... Portanto meritíssima, eu fui enganado, eu não sabia da existência da minha filha, e por isso eu mereço ficar com ela!

-Senhor Hernandez, e verdade que nem o senhor, e que nem a sua mulher falaram, nada para ele, mesmo tendo se encontrado algumas vezes?

-Sim senhora meritíssima!<eu preferia falar a verdade, e ganhar pela honestidade>

-Isso implica com a permanência do senhor com a menor!... Ja que tanto o senhor como a sua esposa privaram o pai de saber a verdade!

-Eu assumo o meu erro meritíssima!

-E mediante ao seu erro, eu serei obrigada a dar a guarda da menina Rebecca Almeida Hernadez, para o pai biológico Paul Willian Henderson Terceiro…

-Não, por favor!<protestei>... Eu a amo demais, ela e a minha menina, ele não sabe o que e isso, não vai saber cuidar dela como eu cuido, não vai ama-la como eu a amo!... Meritíssima, por favor, eu perdi a minha mulher a pouco mais de um mês, eu não vou suportar perder a minha filha também, sera demais para mim!... E um apelo de um pai desesperado, de um pai que não saberá viver sem a filha que tanto ama…

-Ela não e a sua filha Bruno!

-Cala a sua boca!

-Comportem-se senhores, se não eu terei de detê-los, e nenhuma de dois ficara com a menina!

-Meritíssima sinto muito!... Ele não tem capacidade de cuidar dela, ele não vai saber fazer isso, vai simplesmente coloca-la nos braços de uma baba qualquer!... Eu cuido pessoalmente dos meus filhos, eu os trato com todo amor e carinho do mundo, eu os amo mais do que a mim mesmo!

-Mesmo assim senhor Hernandez, o senhor errou em não ter ao menos comunicado ao senhor Henderson, sobre a existência de uma filha!... Ele poderia ter sido um bom pai para ela!

-Meritíssima eu amo a minha filha desde o momento em que descobri que ela existia, desde o momento em que eu soube que ela estava no ventre de sua mãe!... Quando a peguei em meu colo pela primeira vez, me senti o homem mais feliz deste mundo, mesmo sabendo que ela poderia não ser a minha filha, assim como foi confirmado hoje!... Mas o meu coração, sempre foi dela, desde que eu toquei na barriga de sua mãe, e a senti chutar pela primeira vez!... Meritíssima, os meus filhos são as únicas coisas que eu tenho!

-Eu sei senhor Hernandez, mas o senhor terá todos os domingos do mês para vê-la, e um dia na semana!... Mas infelizmente eu não posso simplesmente retirar os direitos do senhor Henderson como pai biológico, a não ser que ele não queira ficar com a menina!

-E claro que eu quero a minha filha!

-Então esta decidido!... A guarda da menor e do senhor Henderson, a partir de hoje, e o senhor Hernadez, terá direito a visita em todos os domingos semana, e uma visita na semana, totalizando 8 visitas por mês!

-Visita?<me sentei colocando a mão no rosto>... Eu perdi a minha filha!

-O senhor tem exatamente 24 horas para entregar a menina ao senhor Henderson, mediante  a supervisão de um conselheiro tutelar!...Caso esta encerrado!<bateu o martelo saindo em seguida>

-Em 24 horas Hernandez, eu quero a minha filha!<olhou dentro dos meus olhos com ar de vitorioso>

-Eu te odeio mais do que nunca Henderson, mais do que tudo!

-A reciproca e verdadeira Hernandez!<sorriu de canto>

-Maldito!

-Infeliz!... Terei o prazer de ver a dor em seus olhos ao entrega-la para mim!... Amanha, na sua casa!<disse saindo de perto de mim>

Definitivamente eu vi o meu mundo cair, senti como se um buraco se abrisse em baixo dos meus pés. Como eu conseguiria ficar sem a minha menina, sem a minha princesa, sem o meu anjo?

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