quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

Conversa Amigável parte 2 cap 153



Ela me encarou seriamente, respirou fundo, e encostou na pia do banheiro, provavelmente sabendo que não teria para onde correr no momento.

-Pois e, parece que aquela nossa conversinha no banheiro do restaurante não surtiu muito efeito!<a encarei, eu estava com muita raiva dela>... Se bem que quando ela aconteceu, voçe ja tinha feito esta safadeza não e?<ela permaneceu muda>... Por isso baixou a cabeça para mim la, e aqui também, não é sua vagabunda?... Sabe que esta errada, e que eu vou meter a mão na sua cara!

-Voçe não e louca…

-Não sou?<sorri debochada>... Eu acabei de dar umas belas porradas na cara da vadia da Melany, dar não sua, não sera difícil!

-Tem certeza?

-Olha, ela vai me encarar!<sorri debochada>

-Vou, ou voçe acha que eu vou deixar voçe me bater, e ficar apenas olhando?<sorri>... Eu não tenho medo de voçe Mariane…

-Não foi o que pareceu naquele dia…

-Pois e, eu sabia que este dia iria chegar, e eu não vou fugir de voçe, se e briga que voçe quer, e briga que voçe terá!

-Eu quero te fazer uma pergunta!... Por que voçe não deixa o Bruno em paz?... Não nos deixa em paz, voçe já não esta com o Paul, por que nos infernizar?

-Eu amo o Bruno, ele sempre foi meu, ele me amava ate voçe, aparecer na nossa vida, sua puta de quinta…

-Opa, olha como voçe fala, por que a sua cara não me engana, eu sei que voçe sempre o traiu, e eu sei que voçe nunca foi nenhuma santa, não e a toa que eu te vi uma vez na casa do Paul em Nevada, esqueceu?

-Independente, voçe apareceu no meu caminho so para me destruir, pegar o meu homem de mim, como uma tipica vadia… VAGABUNDA DE QUINTA, E AINDA POR SIMA DEU O GOLPE DA BARRIGA ENGRAVIDANDO DA BASTARDINHA...

-NÃO FALA DA MINHA FILHA SUA MALDITA… ALIAS, COMO VOCÊ SABE DA  MINHA FILHA?<me aproximei o suficiente dela>

-Segredo, alias, ela não se parece muito com o Bruno, aposto que voçe como uma digna puta, engravidou de outro e disse que era dele, e como ele e um idiota, caiu na sua…

-Cala a boca sua desgraçada…


Senti mais uma vez a minha mão arder quando entrou em contato com o seu rosto, porem diferente de alguns minutos atras, eu fui surpreendida com uma tapa tão forte quanto no meu rosto, que me fez desestabilizar mediante a surpresa. Elevei a mão ao rosto, e sorri, ela estava com a  mão na face completamente seria.

-E assim que eu gosto!... Bater sozinha não tem tanta graça…

-Cala a sua boca vadia, a minha mão esta coçando para te dar uma surra...

-Então vem Andrea, vem, por que acho que estamos na mesma cede!

-Sua piranhaa…

Ela veio com tudo para sima de mim, eu tentei segurar os seus pulsos, mas um de seus braços escapou, e ela conseguiu me acertar outro tapa, não sei como a vadia conseguiu me imobilizar com o rosto na parede, e na tentativa de me afastar dela, ela pressionou com força a minha cabeça na parede, fazendo com elas se chocassem com violência, senti uma dor muito forte na cabeça, na hora senti o sangue escorrer no meu rosto, e consecutivamente na minha boca, me deixando meio zonza, mas logo consegui me recuperar. A empurrei com o corpo, fazendo com que ela se afastasse de mim, e antes que ela se afastasse por completo, eu consegui segurar firme no seu braço a puxando contra mim, e com a outra mão consegui empurrar a sua cabeça contra a pia do banheiro, a fazendo se chocar na mesma seguidas vezes, e quando a soltei ela caiu com tudo no chão.

Estava sentindo a minha cabeça doer, e tudo estava meio que rodando, a minha vista ficou meio turva, e quando dei por mim, ela estava chocando o meu corpo contra um espelho de corpo inteiro que tinha no banheiro, o fazendo se estilhaçar no chão. Senti as suas mãos envolta do meu pescoço, o apertando, coloquei as mãos em seus pulsos, enquanto ela pressionava ainda mais.



-Eu vou te matar…

-Eu vou ...Morrer feliz!<disse com dificuldade e sorri>

Enfiei com força o meu salto agulha no seu pé, e ela me soltou caindo no chão em seguida. Cai ao seu lado sentindo o ar escasso, ela estava segurando o pé com uma expressão de dor. Olhei ao meu redor, e vi os cacos do espelho, peguei um dos maiores, e parti para cima dela, a jogando no chão, me colocando sobre o seu corpo, apoiei uma das mãos no chão, e tentei enfiar o caco nela de alguma forma, mas ela segurou o meu pulso com as suas mãos, me impedindo de acerta-la.

-Me diz vadia, quem vai matar quem?<disse ja em sima dela>

-Vamos morrer juntas então sua desgraçada…

A filha da puta me jogou no chão, trocando as posições ficando sobre o meu corpo, bateu com o meu pulso no chão me fazendo soltar o vido, pois devido a muita força pelo qual o segurei, ele fez um corte profundo na minha mão. Com a outra mão segurei em seus cabelos, os puxando com força, a fazendo gritar, em seguida ela acertou um belo tapa estalado no meu rosto. Revidei com um soco, mesmo com a mão ensanguentada, a fazendo cair, aproveitei o seu vacilo, e voltei a estapeá-la sobre o seu corpo, enquanto ela gritava, eu comecei a ouvir vozes do lado de fora, e pelo que pude reconhecer, era a voz do Bruno. 

Parecendo me dar ainda mais motivação, eu senti uma força ainda maior brotar de mim, e continuei a estapeá-la com todas as minhas forças, ela gritava, e tentava segurar em meu braço, a única coisa que eu conseguia ver, era vermelho, literalmente, pois do seu rosto saia sangue, assim como do meu, pois sentia escorrer pelo meu rosto, e cair no meu colo.

Batidas na porta, muitas batidas, que aumentavam gradativamente. A minha mão doía, o meu corpo doía, ele estava tomado por adrenalina, e a ultima coisa que eu queria, era parar de bater naquela maldita. A minha raiva estava mais do que acumulada, eu a odiava com todas as minhas forças.
Vi que ela ja não me segurava mais, e apenas aceitava os tapas. Ouvi um forte barulho vindo da porta, e em seguida um estrondo, senti as minhas forças se esvaírem, e o meu corpo tombar no chão.

-MARY?<a voz do Bruno foi a ultima coisa da qual me lembro>


Bruno on


Estávamos a sua procura, ja tinha olhado no segundo andar praticamente inteiro. Eu estava tenso, receoso, com medo na realidade, se ela ja tinha deixado a Melany bem estragada, imagina o que ela poderia fazer com a Andrea, ou a Andrea com ela.

Depois de alguns minutos, a Laísa disse ter ouvido um grito estridente de mulher, e começou a andar em direção a um dos corredores, e eu logo fui atrás dela. Entramos em um dos corredores, e do inicio dele era possível se ouvir os gritos da tal mulher, e logo de cara eu ja reconheci aquela voz completamente desesperada.

-Andrea!<passei a frente da Laisa, e comecei a bater na porta sucessivas vezes>.... MARY, ABRE ESTA PORTA AMOR, MARIANE…

-MARY!

Começamos a bater com força, mas elas não abriam, e a Andrea so Gritava, eu estava com medo que a Mary fizesse algo mais grave, e se prejudicasse, ela era imigrante, e isso poderia prejudicar a sua estadia aqui. E com a raiva que ela estava da Andrea, seria capaz delas chegarem as vias de fato, e se isso acontecesse, ela poderia pegar de perpetua a pena de morta segundo as leia Americanas.

-Se afasta Laísa, eu vou arrombar!<anunciei, e ela se afastou>

Dei a primeira porrada na porta, e senti o meu braço doer, respirei fundo dei um pouco mais de distancia, e bati com força na porta a fazendo se abrir, batendo fortemente contra a parede. 
Quando tive total visão do ambiente, senti o meu peito doer, ao vê-la cair no chão praticamente em câmera lenta. As duas estavam, com o rosto coberto de sangue, e a única coisa que me ocorreu, infelizmente foi o pior. Me aproximei do seu corpo, me ajoelhando ao seu lado, a segurei pela cintura, a abraçando com força.



-Mariane, amor, minha vida, por favor, olha pra mim!

Passei a mão no seu rosto, retirando um pouco do sangue, e vi que na sua cabeça tinha um corte, assim como na sua testa, de onde vinha a maior parte do sangue, mas pude notar que os seus lábios também estavam bastante machucados.
A Laísa se abaixou ao nosso lado, e começou a chamar por ela também, enquanto chorava copiosamente.

-Laísa, chame a emergência, algum para mendico, ajuda por favor!

-Bruno, ela...

-Não, ela não e louca de me deixar!... Vai Laísa, por favor!

Ela saiu rapidamente, e em seguida, eu ainda tentei que ela acordasse, a chamando, e dando leves batidas no seu rosto que ja estava bastante machucado, e sem ter resposta, eu levantei com a minha mulher no colo, sinceramente, eu não queria nem saber da Andrea, ela que se dane. Estava começando a sair do banheiro quando o Ryan apareceu, me encarou completamente aturdido, e por um segundo de piedade, eu olhei para trás, e indiquei que ele ajudasse a Andrea.


-Bruno, e melhor deixa-la aqui…

-Não Ryan, e a minha mulher…

-Eu sei, mas e melhor, deixar isso com os paramédicos, eles ja devem estra a caminho, e melhor que não a retire do lugar, eles sabem o que fazem, e voçe não sabe a gravidade dos seus ferimentos, voçe pode acabar prejudicando-a ainda mais!

Diante do seu argumento, eu a coloquei no chão novamente, e logo em seguida, vi alguns paramédicos com duas macas de resgate, eles as colocaram no chão, e em seguida pediram que eu me afastasse, a colocando sobre a maca, e o mesmo fizeram com a Andrea. No chão tinha bastante sangue, muitas manchas, e vidros quebrados, deixando transparecer a gravidade do que tinha acabado de acontecer ali.

Segui a minha mulher corredor afora sobre aquela maca, e vi o Paul passar brotar na minha frente como um fantasma segurando no meu colarinho me prensando contra a parede. Ele me olhava com ódio nos olhos, e no momento, este também era o meu sentimento.


-Se alguma coisa acontecer com a minha mu…

-O que voçe vai fazer?... EM, O QUE VOCÊ VAI FAZER?... ELA MERECEU CADA GOTA DE SANGUE DERRAMADA, ELA ESTAVA FAZENDO DA NOSSA VIDA UM INFERNO, EU SO LAMENTO PELA MINHA MULHER….

-POIS TOMARA QUE ELA MORRA!

Sem pensar duas vezes senti os ossos da minha mão estalarem quando se chocaram com força em sua face, o fazendo se desequilibrar e dar alguns passos para trás.

-NÃO MESMO PODEM PARANDO!<Ryan se meteu, mas não antes daquele desgraçado revidar, me acertando um soco na mandíbula, senti um forte gosto de sangue na mesma hora>

-SEU DESGRAÇADO!

Fui pra sima dele lhe desferindo mais um soco, e quando ele ia revidar fomos contidos, tanto pelo Ryan, como por um dos paramédicos que ainda estavam por ali. Eles nos contaram segurando cada um em um lado do corredor, senti o Ryan completamente colocado a minha frente, formando uma barreira, praticamente uma muralha na minha frente.

-Relaxa meu amigo, relaxa, não vai adiantar, o foco e a sua mulher!

-Voçe esta certo!... EU AINDA VOU ACERTAR AS MINHAS CONTAS COM VOCÊ, SEU DESGRAÇADO!

-VEM MARS, EU VOU ESTAR TE ESPERANDO LOUCAMENTE, VOU TE MASSACRAR!<ele gritava como um louco>

-EU TEREI O PRAZER DE QUEBRAR A SUA CARA…

-SENHORES, SE ACALMEM, OLHEM OS ÂNIMOS!... AS MULHERES DE VOCÊS ESTÃO INDO PARA A EMERGÊNCIA, E A MELHOR COISA QUE VOCÊS TEM A FAZER E ACOMPANHA-LAS!

-NÃO LEVEM A MINHA MULHER PARA A MESMA EMERGÊNCIA QUE MULHER DESTE DESGRAÇADO!<ele disse desdenhoso>

-Desculpe senhor, mas o bem estra delas vem em primeiro lugar, e precisamos dar-lhe total assistência, e as levaremos para a emergência mais próxima!... O senhor esta bem?<me encarou, apontando para a minha boca>

-Estou!<disse ao passar a mão e constatar que o desgraçado tinha arrancado um pouco de sangue, mas a dele também estava>

-Vamos Bruno, precisamos ir para o hospital!<Ryan disse chamando a minha atenção>

-MEU DEUS, MARY, O QUE ACONTECEU?... BRUNO?< a Urbana estava desesperada>

-Ela e a Andrea brigaram dentro do banheiro, eu não sei como ela esta…

-Vamos para a emergência Bruno!<Ryan me apressou>

-Eu também vou!<Urbana se prontificou>

-Cade a Laísa, queria pedir para que ela ficasse com a Angel<disse senti o meu maxilar estalar, estava doendo um pouco>

-A mulher que voçe nos apresentou mais cedo?<ela perguntou>


-Sim!
-Ela estava indo junto com a Mar, Bruno, a esta hora ela ja deve estar dentro da ambulância!... Vou pedir a Cindiah para cuidar das crianças, e em seguida estou indo com o Phil para a emergência!

-Tudo bem, obrigado Urbana, vamos embora!<olhei para o Ryan>

-Daqui a pouco a Urbana chegamos no hospital meu amigo!

-Obrigado Phil!

Olhei ao longo do corredor, e vi o infeliz indo na frente, acelerei o meu passo, mas logo o Ryan me conteve, dizendo para não arrumar mais problema, era o primeiro dia do ano, e a única coisa que poderíamos fazer agora, era ir direto para o hospital, pois a Mary estaria precisando de mim. Seguimos o mais rápido possível pelas ruas de Vegas ate a emergência mais próxima, que era onde eles haviam levado a minha mulher, e em poucos minutos chegamos, logo atrás das ambulâncias. 


Me identifiquei na recepção, e logo em seguida a nossa entrada foi liberada, seguimos para a sala de espera, sala esta que sinceramente, eu ja estava de saco cheio de frequentar tantas.
Passou uma hora, duas, trés, e eu ja estava quase surtando. O Phil e a Urbana tinha chegado, juntamente com o meu irmão e a Presley, que antes de vir para o hospital disse que deixou a esposa, e as crianças no hotel, junto com a Tiara.

-Por favor, eu so quero uma noticia da minha esposa!<ja era a terceira vez que eu parava o mesmo enfermeiro>

-Senhor, o medico ja esta vindo, ele esta fazendo todos os exames possíveis na sua mulher… A proposito, ele esta vindo!<disse olhando para o corredor>

-Bom dia!<um senhor alto de cabelos grisalhos entrou na sala>... Família da paciente Mariane Almeida?

-Hernadez, Mariane Hernandez!<o corrigi>

-Eu tinha esquecido deste detalhe, desculpa, estava nervosa!<Laísa se pronunciou>

-Tudo bem Laísa!.... Como ela esta doutor?<o olhei impaciente>

-Bem, ela esta bem, porem…

-Porem?

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